Desde o começo de dezembro os preços subiram 0,6% no atacado. A oferta restrita de boiadas é outro fator que deveria ajustar o mercado de carne com a demanda existente.
Em relação ao ano anterior, no mesmo período, os cortes de traseiro tiveram valorização de 13,8%, três pontos percentuais acima do IGP-DI acumulado no período.
Os cortes de dianteiro, de menor valor agregado, ficaram 28,2% mais "caros". É o retrato do cenário macroeconômico atual. Consumidor em busca de redução de custo.
As exportações, que davam sinais de melhora com a situação cambial, com aumentos em novembro, perderam força, pelo menos por enquanto.
O resultado da primeira semana de dezembro, segundo o MDIC, indica um recuo de 0,3% no volume embarcado, em relação ao mesmo período de 2014. Ruim para o pecuarista, que vê reduzir a pressão de compra de matéria-prima.
Já para a indústria, o preço médio da tonelada exportada diariamente subiu 19,0% em função da variação cambial, frente a dezembro de 2014. Em dólares, o preço caiu 17,0%.
A expectativa segue de uma recuperação para o mercado interno nas próximas semanas.