A nova fábrica de alimentos processados da Minerva Dawn Farms (MDF), joint venture entre o frigorífico brasileiro Minerva e a irlandesa Dawn Farms, começa operar esse mês. Com a nova unidade produtiva de processamento de carne para produtos industrializados a empresa espera faturamento de US$ 200 milhões por ano. A unidade, que teve investimentos iniciais de R$ 80 milhões, vai produzir até 15 toneladas de carne processada por hora. A unidade, que tem 14 mil metros quadrados, apresenta estrutura flexível, que produzirá alimentos a base de carne bovina, suína e de aves ao mesmo tempo e em escalas diversas. A planta é capacitada a produzir carnes com vegetais e molhos. No início da operação, 70% dos produtos serão destinados ao mercado externo. Entre os importadores que receberão alimentos da MDF estão os EUA, Oriente Médio e nações da Europa, que são tradicionais consumidores de carne do Brasil. Com a capacidade de customização da unidade, a Minerva Dawn Farms atenderá mercados como Caribe, América Latina e Ásia.
"Como teremos produtos diferenciados, nossa atuação será bem pulverizada em diversos mercados", disse o presidente da indústria, Roberto Denuzzo.
Outro destaque da unidade, de acordo com Denuzzo, é o alto grau de automação, controle e segurança alimentar. As máquinas e softwares de controle são provenientes de países como Japão, França, Itália, Alemanha e Estados Unidos.
A localização da unidade, segundo a empresa, também é estratégica, pois fica próxima a diversos fornecedores de proteína das regiões de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás, além de estar ao lado da sede do Frigorífico Minerva.
"Temos assim a garantia da procedência da matéria-prima e de fornecimento a qualquer época do ano", afirmou Denuzzo.
Prevendo este potencial de crescimento, a companhia afirmou que prevê em sua planta a possibilidade de dobrar de tamanho e capacidade. "Mundialmente, este mercado deve crescer expressivamente" esclarece Denuzzo.
O executivo ressaltou que esse crescimento acontecerá mesmo diante da turbulência da economia internacional. De acordo com Denuzzo, o setor de food service se mostra uma opção segura para investimento e expansão.
"Todos os mercados estão sendo impactados pela crise, mas o mercado de food service será afetado em menor grau por ser uma opção segura e, em alguns casos, mais acessível", afirmou.
Veículo: Jornal do Commercio - RJ