Cuba recebe 32% de crédito brasileiro

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Dependente da importação de alimentos, ilha obteve, em 2009, US$ 98 milhões para comprar de produtores do país via Proex

Operadas pelo Banco do Brasil, linhas têm como fonte de financiamento recursos vindos da União e praticam juros subsidiados

 

Dependente da importação de alimentos, Cuba recebeu nos últimos anos crédito do governo do Brasil para comprar de produtores do país.



Em 2009, a ilha caribenha obteve empréstimos de US$ 98 milhões, cifra correspondente a 32% do Proex (Programa de Financiamento às Exportações), uma linha de crédito dotada de recursos do Orçamento da União.

 

No ano passado, o programa financiou US$ 305 milhões (10% a menos do que em 2008). O Proex é, ao lado do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), o principal mecanismo de fomento às exportações.

 

Ele é dividido em duas modalidades: a de financiamento, pela qual o Brasil emprestou à Cuba, e a de equalização, usada para dar competitividade às empresas brasileiras ao nivelar as taxas de juros com as de concorrentes internacionais.

 

Muito usada no passado pela Embraer, a linha de equalização é a mais polpuda: emprestou US$ 4 bilhões em 2009.

 

Operadas pelo Banco do Brasil, as linhas do Proex têm como fonte de financiamento exclusivamente recursos do Orçamento da União e praticam taxas de juros subsidiadas. Para 2010, a modalidade de financiamento tem reservado R$ 1,050 bilhão no Orçamento -cerca de US$ 580 milhões.
No ano passado, porém, a execução não chegou a 40%.

 

Segundo Nilo José Panazzolo, diretor de comércio exterior do BB, as regras de financiamento são dadas pelo Tesouro e o banco apenas opera a linha.
O executivo diz que Cuba nunca atrasou de modo significativo os pagamentos. As garantias da operação são dadas pelo Banco Nacional de Cuba.

 

Segundo o BB, 42% do Proex financiamento foi destinado ao agronegócio, o que representou US$ 128 milhões em 2009. Em seguida, vieram os segmentos têxtil, de vestuário e de calçados (US$ 77 milhões) e de máquinas e equipamentos (com US$ 49 milhões).

 

Entre as empresas que mais enviam produtos ao exterior estão Brasil Foods (Sadia/Perdigão), Bunge e Cargill.

 

Além do Proex, Cuba conta ainda com o apoio do BNDES para o financiamento de projetos de infraestrutura. De 1997 a 2009, a ilha já recebeu empréstimos de US$ 166 milhões, a maior parte liberada nos últimos dois anos.

 

Veículo: Folha de S. Paulo


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