Inadimplência no varejo tem queda de 2% no ano

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A inadimplência no comércio varejista no Brasil cresceu 2,91% em maio, em relação ao mesmo mês de 2009. Na comparação com abril, houve uma oscilação para baixo de 0,65%, segundo relatório divulgado ontem pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), a qual é vinculado o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). De acordo com o presidente do Conselho Administrativo do SPC, Roberto Alfeu, o aumento não é um dado em si ruim e está diretamente relacionado à maior atividade comercial este ano.

 

No acumulado de 2010 em relação a igual período de 2009, a taxa de inadimplência caiu 2,07%. No mesmo período, o número de consultas ao SPC subiu 7,65%. A inadimplência está concentrada no atraso do pagamento de cartões de crédito, que respondem por 42% do índice, de acordo com Alfeu - o dado foi composto por informações repassadas pelas administradoras dos cartões. Cheques pré-datados sem fundos respondem por 16% da inadimplência.

 

O relatório da CNDL mostra também o aumento do cancelamento das inscrições no SPC, provocado por consumidores que saldam as dívidas - o total de cancelamentos cresceu 6,22% sobre igual período de 2009.

 

A inadimplência no Brasil está concentrada em valores baixos. Do total de parcelas não pagas, 32% são de prestações até R$ 50 e só 12,6% correspondem a parcelas acima de R$ 500. "A dívida em cartão de crédito, vinculadas a valores tão baixos, é um sinal da massificação do uso do crédito rotativo por parte de novas camadas de consumo, que rapidamente perdem o controle sobre o estoque da dívida em função do caráter exponencial dos juros", comentou Alfeu.
 


Veículo: Valor Econômico


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