Guido Mantega, ministro da Fazenda, afirmou ontem que a família brasileira tem "potencial para aumentar, com responsabilidade e segurança, o endividamento".
"As famílias brasileiras têm baixo nível de endividamento, na comparação com outros países. Não quer dizer que espero que todos se endividem como nos EUA, no Japão ou no Reino Unido", declarou a investidores e analistas estrangeiros, na sede do Council of the Americas, em Nova York.
Em seguida, durante entrevista coletiva, o ministro recuou e disse que não se trata de "estimular" a contração de dívidas, mas de "mostrar que a família brasileira é uma das menos endividadas, o que significa que há espaço para aumentar o endividamento".
Ele citou habitação como um dos setores em que o consumidor deve investir. "Há um boom de construção no Brasil", afirmou, antes de dizer que não há bolha imobiliária e nem no mercado de capitais. "Temos evitado todas as bolhas", afirmou.
Durante a palestra, Mantega, que preside o conselho de administração da Petrobras, classificou a operação de capitalização da empresa como "muito bem-sucedida".
"Fizemos a maior capitalização da história, de mais de US$ 70 bilhões", disse.
Veículo: Folha de S.Paulo