A atividade do comércio cresceu 1,6% em outubro em relação ao mês anterior, já descontadas as influências sazonais, segundo o indicador da Serasa Experian divulgado ontem. O resultado foi puxado pela alta de 1,7% no movimento dos supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas e pelo avanço de 0,9% no segmento de móveis, eletroeletrônicos e informática, com as condições de crédito favoráveis para o consumidor.
Na direção contrária, pesaram negativamente os recuos de 0,2% da atividade varejista do setor combustíveis e lubrificantes e também tecidos, vestuário, calçados e acessórios. Para os analistas da Serasa, é possível que o setor de tecidos, vestuário, calçados e acessórios esteja com o seu desempenho afetado pelo fenômeno La Ni¤a, que tem mantido as temperaturas mais baixas nesta época nas regiões Sul e Sudeste, prejudicando a comercialização das coleções de verão. A aceleração da atividade do comércio sinaliza que o Natal deste ano deverá registrar "um excelente desempenho" em vendas, ressaltam os economistas.
No confronto com outubro de 2009, o crescimento de 9,2% do movimento varejista foi puxado pelo segmento de material de construção (17,8%), seguido pelos ramos de móveis, eletroeletrônicos e informática (11,8%).
No acumulado de janeiro a outubro, houve expansão de 9,9% frente ao mesmo período de 2009, com destaque para material de construção (16,9%) e móveis, eletroeletrônicos e informática (15,5%).
Empregos - O crescimento do emprego no comércio varejista na Região Metropolitana de São Paulo já superou, até setembro deste ano, toda a expansão registrada em 2009. Segundo a Federação do Comércio de São Paulo (Fecomercio), nesse período foram abertas 43,9 mil vagas no varejo paulistano, contra 40,5 mil registrados em todo 2009.
Em setembro foram criados 4,4 mil empregos no comércio, um aumento de 0,5% na comparação com agosto. O varejo da Grande São Paulo emprega atualmente 917,9 trabalhadores.
Para o assessor econômico da Fecomercio, Flavio Leite, as contratações são um indicativo do otimismo dos comerciantes em relação às vendas de fim de ano. "As empresas varejistas continuam otimistas com relação ao rumo dos seus negócios neste segundo semestre principalmente no que diz respeito ao incremento das vendas e, com isto, já estão se preparando para o movimento de final de ano".
A pesquisa mostra ainda que a taxa de rotatividade dos trabalhadores do setor ficou em 4,6% em setembro, com 4,8% de admitidos e 4,4% de dispensados. O salário médio do comerciário ficou em R$ 1.322.
Veículo: Diário do Comércio - MG