Preço da cesta básica sobe em 16 capitais, diz Dieese

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A cesta básica ficou mais cara em 16 das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) em outubro.
A maior alta foi registrada em Curitiba. Os preços na capital paranaense subiram 5,78%. Goiânia e Belo Horizonte vieram em seguida, com 5,64% e 5,50%, respectivamente. A única capital a registrar queda nos preços foi Aracaju, onde houve recuo de 0,67% em outubro.

 

São Paulo, que teve alta de 5,27% nos preços da cesta básica em outubro, mantém a liderança no custo dos produtos alimentícios essenciais. A cesta na capital paulista estava em R$ 253,79.

 

O custo da cesta básica em Porto Alegre é o segundo mais alto do país. Em outubro, os produtos eram encontrados por R$ 247,21. Aracaju apresentou o menor preço para os componentes da cesta em outubro: R$ 172,04.

 

Segundo o Dieese, em outubro, os trabalhadores que ganham o salário mínimo tiveram de cumprir jornada de 94 horas e 11 minutos para poder comprar a cesta básica. Em setembro, o valor da cesta correspondia a 91 horas e 4 minutos de trabalho.
Os cálculos do órgão mostram ainda que a cesta básica representou 46,53% do salário mínimo líquido (após os descontos para o INSS).

 

O feijão foi o maior vilão para o custo da cesta em outubro. O item ficou mais caro em todas as capitais pesquisadas. Em Fortaleza, o reajuste chegou a 38,12%.
A seca atrasou o plantio e houve queda nos estoques. Em 12 meses, o feijão subiu 137,2% em Goiânia.
A carne bovina aumentou em 16 capitais pesquisadas pelo Dieese em outubro.

 

MÍNIMO DE R$ 2.132

 

Para os técnicos, o menor salário em outubro deveria ser de R$ 2.132,09. Esse seria o valor ideal para suprir despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. A cifra equivale a 4,18 vezes o valor do mínimo atual, de R$ 510.

 

Veículo: Folha de S.Paulo


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