Dois índices de inflação divulgados ontem apontam para uma desaceleração na alta dos preços ao consumidor no mês passado. Na cidade de São Paulo, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da Fipe, registrou alta de 0,60%, depois de ter subido 1,15% em janeiro. O IPC-S, da FGV, por sua vez, apontou elevação mais suave dos preços, em seis das sete capitais pesquisadas, na última semana de fevereiro.
Porto Alegre foi a única capital a manter o ritmo de alta entre a terceira e a quarta semana do mês (de 1,24% para 1,48%), refletindo os aumentos de preços nos grupos transportes (1,75% para 2,76%) e alimentação (1,84% para 2,60%).
O maior recuo do IPC-S foi observado em Brasília (0,29% para 0,02%), devido à desaceleração dos preços em cinco segmentos, especialmente no grupo despesas diversas (1,69% para 0,91%) e alimentação (de -0,47% para -1,22%). O índice de preços também recuou em Belo Horizonte (0,61% para 0,50%), Rio de Janeiro (0,58% para 0,53%), Salvador (0,37% para 0,21%) e Recife (0,25% para 0,14%).
De acordo com o levantamento da FGV, São Paulo teve o segundo recuo mais expressivo entre as capitais avaliadas (0,66% para 0,47%), devido à desaceleração de preços em seis dos sete grupos pesquisados: transportes (2,64% para 1,54%), educação, leitura e recreação (1,16% para 0,46%), alimentação (-0,05% para -0,08%), habitação (0,42% para 0,41%), saúde e cuidados pessoais (0,30% para 0,29%) e despesas diversas (1,70% para 1,69%).
O IPC-S médio referente a 28 de fevereiro marcou 0,49%, 0,12 ponto percentual abaixo da taxa divulgada na apuração passada.
De acordo com o IPC da Fipe, os preços de transportes no município de São Paulo registraram desaceleração entre a terceira prévia e o levantamento final do mês passado, indo de 1,87% para 1,16% de elevação. Educação passou de alta de 1,50% para 0,32% e saúde foi de 0,85% para 0,72%.
Houve alta mais acentuada nos preços de habitação (0,69% para 0,72%) e despesas pessoais (1,09% para 1,24%). No campo negativo, ficaram vestuário (-0,03%) e alimentação (-0,17%). Na terceira prévia do mês passado, esses grupos tiveram queda de 0,01% e 0,31%, respectivamente.
Veículo: Valor Econômico