BC indica alta menor de juros e vê alternativa para segurar inflação

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Divulgação da ata do Copom derruba taxas no mercado futuro

 

O Banco Central pode reavaliar a estratégia de alta de juros e adotar alternativas para combater a inflação. Para isso, espera contar com a ajuda do câmbio, do cenário internacional e da promessa de contenção do gasto público do governo federal.

 

Não descarta também novas medidas de restrição ao crédito para ajudar a desaquecer a economia.

 

A informação faz parte da ata do Copom (Comitê de Política Monetária do BC) divulgada ontem. Na semana passada, o comitê aumentou a taxa básica de juros pela segunda vez seguida, de 11,25% para 11,75% ao ano.

 

A divulgação do documento derrubou os juros negociados no mercado futuro, que afetam, indiretamente, o custo de empréstimos para consumidores e empresas.

 

Também levou parte do mercado financeiro a rever suas apostas em relação ao aumento dos juros nos próximos meses. Eram esperadas mais duas altas: 0,50 ponto em abril e 0,25 ponto em junho. Agora, ganhou força a expectativa de que o BC promova apenas mais um aumento, no próximo mês.

 

Embora trabalhe para evitar uma queda maior do dólar, o BC mostra em seus cálculos que a estabilidade da moeda estrangeira em R$ 1,65 reduz pressões inflacionárias e, consequentemente, abre espaço para um aumento menor dos juros.

 

Nesse caso, a projeção de inflação se encontra acima da meta em 2011, mas ligeiramente abaixo em 2012. Ou seja, um aumento menor de juros deixa a inflação próxima dos 4,5% esperados.

 

O BC diz contar ainda com "a eventual introdução de ações macroprudenciais", ou seja, de medidas alternativas para conter o crédito e o crescimento da economia.
Conforme a Folha adiantou, o BC vê dois momentos distintos para a inflação. Até o terceiro trimestre, o índice acumulado em 12 meses pode estourar o teto da meta (6,5%), que tem tolerância de dois pontos percentuais.
"Entretanto, a partir do quarto trimestre, o cenário indica tendência declinante para a inflação acumulada em 12 meses, ou seja, deslocando-se na direção da trajetória de metas", diz o Copom.

 


Veículo: Folha de S.Paulo


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