A redução da base de cálculo e pagamento adiado do ICMS, que diminui a alíquota do imposto, e será mantida para diversos segmentos, deve reduzir preços ao consumidor final, dizem representantes da indústria paulista.
Para Alfredo Bonduki, presidente da Sinditêxtil, a queda deve ser de pelo menos 5%, no pequeno lojista.
"O varejo que está no Simples, que recolhe sobre o faturamento, vai ter redução de custo e poderá repassar esse benefício", afirma.
As pequenas e médias empresas são responsáveis por cerca de 60% do volume vendido, segundo o Sinditêxtil.
Para o grande varejista, a queda será de 1% ou 2%, diz.
As medidas foram assinadas na sexta-feira pelo governador Alckmin e valem, para quase todos os segmentos, até dezembro de 2012. Os benefícios venceriam no final deste mês.
A lista de produtos beneficiados cresceu e, no setor têxtil, incluiu artigos como edredons. Outros seis setores, como linha branca, foram incluídos.
O setor de brinquedos tem registrado redução de preços de 2% a 3% ao ano nos últimos anos, segundo Synésio Costa, presidente da Abrinq. "A medida nos permite continuar neste processo, enquanto ganhamos escala."
Para a Abimed (dos importadores de produtos médico-hospitalares), a decisão vem em momento oportuno.
"Mudou o perfil econômico do brasileiro e a medida contribuirá para o maior acesso da população a diagnósticos preventivos."
Os preços ao consumidor poderiam cair ainda mais, se o governo sinalizasse permanência dos benefícios, segundo João Carlos Basilio, da Abihpec (higiene pessoal, perfumaria e cosméticos).
"Se houver alguma segurança de que as prorrogações vão continuar no longo prazo, as empresas podem se instalar em São Paulo com mais confiança", diz Basilio.
Veículo: Folha de S.Paulo