O preço dos alimentos deve subir 28,9% em 2011, de acordo com levantamento da consultoria EIU (Economist Intelligence Unit).
A alta será a segunda maior nos últimos seis anos. O maior aumento no período ocorreu em 2007, de 30,9%.
Mesmo se confirmada essa valorização, o Brasil não será tão afetado como o resto do mundo, segundo o coordenador do Índice de Preços da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), Antonio Evaldo Comune.
"Como produtores, somos autossuficientes em diversos alimentos, como feijão", diz Comune, que prevê alta semelhante à do ano passado, de cerca de 12%.
Desde 2006, o único ano em que houve queda no preço dos alimentos para a população mundial foi em 2009, de 20,4%.
Os materiais para indústria também devem ficar mais caros neste ano.
A alta será de 26,6%, segundo o estudo da EIU. Em 2010, esse valor foi de 44,9%.
"As consequências econômicas da crise política nos países árabes e do terremoto no Japão ainda não podem ser avaliadas. Podemos ter surpresas nesses indicadores", diz Comune.
Veículo: Folha de S.Paulo