O consumidor do Grande ABC gastou mais em abril para fazer as compras do mês. Pesquisa da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) aponta que os itens da cesta básica tiveram alta de 0,75% no mês em relação ao mês anterior, já na comparação com o ano passado é preciso gastar 3,63% mais para encher o carrinho do supermercado.
Atualmente é necessário empregar, em média, R$ 369,17 para garantir os 34 itens que compõem a cesta, já em abril de 2009 os mesmos produtos saiam por R$ 355,56. Apesar de neste mês valores da batata e do feijão serem os principais vilões, no acumulado do ano as carnes e os itens de higiene e limpeza foram os que mais oscilaram, com variação de até 28,95%.
"Quando fazemos a comparação dá para perceber bem a diferença nos preços. E o que está mais caro mesmo são os produtos de limpeza e higiene pessoal. Para se ter ideia, um pacote de papel higiênico pulou de R$ 3,42 para R$ 4,41 em apenas um ano", afirma o engenheiro agrônomo e autor da pesquisa da cesta básica, Fábio Vezzá de Benedetto.
A carne segue com preço médio nos açougues e supemercados e o quilo custa, em média, R$ 15,70. No mesmo período de 2010, o quilo do contra filé custava cerca de R$ 13,48, alta de 16,47%. "O que vemos é que ela segue subindo, mas em ritmo menor do que aconteceu no segundo semestre do ano passado. Acho difícil o preço baixar por enquanto, mas pelo menos não tivemos mais nenhuma alta assustadora", completa. De março até abril o valor médio do produto subiu 0,36%.
Já o feijão, que durante o ano passado foi o grande vilão do bolso, está custando hoje 25% menos do que no mesmo período de 2010. O grão, que era comprado no ano passado por R$ 3,35, sai por R$ 2,55 na maioria dos supermercados. "Ele aumentou neste mês e registrou uma das maiores altas, mas vinha em constante queda nos primeiros meses deste ano", explica. "É importante que o preço não fique tão baixo para que o produtor invista na plantação de feijão e, com isso, não enfrentamos o desabastecimento do grão, como aconteceu no ano passado", explica Benedetto.
Para fechar, o engenheiro atesta que o leite, que teve alta de 3,38% neste mês, não é grande preocupação. Mesmo com a elevação de preço, o item está custando exatamente o mesmo que no ano passado.
Jornal: Diário do Grande ABC