Sondagem da Fecomércio Minas registra expectativa de crescimento nas vendas para a data comemorativa de junho.
O apelo emocional da última data comemorativa do primeiro semestre é o fator que explica o otimismo dos comerciantes de Belo Horizonte em relação às vendas relativas ao Dia dos Namorados.
De acordo com a Sondagem de Opinião do Lojista, pesquisa realizada pelo Departamento de Economia da Federação do Comércio do Estado de Minas Gerais (Fecomércio Minas), dos 300 empresários entrevistados entre os últimos 10 e 13, 77,8% apostam em resultados melhores que os registrados em 2011, no comparativo com o ano anterior, um nível próximo ao período pré-crise de 2008. Outros 19,8% preveem faturamento igual e apenas 2,4% estão pessimistas.
Para 92,6% dos entrevistados, o aumento girará entre 10% e 50%. No entanto, a maior fatia dos comerciantes - 42% - acredita que o percentual ficará entre 10% e 20%. Na seqüência, crescimento entre 20% e 50%, para 26,1%, o que reafirma o otimismo dos lojistas, segundo a coordenadora do Departamento de Economia da Fecomércio Minas, Silvânia de Araújo.
Para aproveitar o potencial econômico da data, 72,8% dos lojistas pretendem adotar estratégias específicas para atrair os consumidores.
Dos entrevistados, 23,4% vão investir em vitrines especiais, 20,4% adotarão preços promocionais, 14,3% apostarão em atendimento diferenciado. A diversidade de mix será a tônica do trabalho a ser desenvolvido por 13,6% dos empresários, segundo o estudo.
A coordenadora ressalta, ainda, que o apelo emocional da data não será ofuscado nem pelas medidas de contenção do consumo implantadas pelo governo federal, para 45,2% dos lojistas. "O apelo para o consumo é muito forte e a data tem diversos significados para o consumidor que vai às compras para conquistar, para demonstrar afeição ou mesmo para reconquistar um amor", exemplifica.
Tíquete médio - Conforme a pesquisa, o tíquete médio para o Dia dos Namorados terá preços variados, de acordo com os lojistas. Os presentes entre R$ 50 e R$ 70 devem ser procurados por 31,8% dos consumidores. Já os que têm preço entre R$ 70 e R$ 100 serão a opção para 25,5%. Mas há quem está disposto a gastar mais. Os "mimos" entre R$ 100 e R$ 500 estão na faixa de preferência de 28,7% dos clientes.
A forma de pagamento será o cartão de crédito, com direito a parcelamento da compra, para 79,3% dos consumidores, como aponta o estudo. Os pagamentos à vista serão 11,2% e o uso do cartão de débito corresponderá a 4,5% das transações efetuadas.
O estudo mostrou também que, diferente de outras datas comemorativas, o Dia dos Namorados movimenta o comércio de uma forma geral, com procura para produtos direcionados para os públicos feminino e masculino. Outro aspecto é o direcionamento do comércio para o público jovem. "A data tem um impacto diferenciado de acordo com o público alvo e o mix de produtos", enfatiza a economista.
Como o Dia dos Namorados vai cair em um domingo, os lojistas também terão a seu favor as compras de última hora. De acordo com Silvânia de Araújo, mesmo com a tradicional postura conservadora, os comerciantes terão prazo de três semanas para "trabalhar" os resultados da data, com grandes possibilidades de ganho.
Veículo: Diário do Comércio - MG