Presentinhos devem marcar comemoração
As vendas a prazo responderam por 70% do faturamento do varejo em Belo Horizonte em abril. O cartão de crédito foi a modalidade de pagamento de 68% destas operações, seguido pelo cheque pré-datado, utilizado em 22%. Os números tiveram poucas alterações em relação a março, quando 67% das compras foram pagas com cartão de crédito e 23% com cheques pré-datados.
Os dados foram divulgados ontem pela Federação do Comércio do Estado de Minas Gerais (Fecomércio Minas). A sondagem também mostra que boa parte dos consumidores da Capital tem optado pelo parcelamento das compras em três ou seis parcelas. Dentre aqueles que compraram com cartão de crédito, 23,6% parcelaram as compras em até três vezes, enquanto 27,1% preferiram a divisão em seis vezes, 15,3% em até quatro vezes e 14,2% em dez. O quadro também é estável na comparação com março.
Já os cheques recuperaram espaço nas transações realizadas pelo comércio. Em abril eles corresponderam a 32% das formas de pagamento, contra 23% em abril, voltando aos níveis de novembro de 2010. A maior utilização deste meio de pagamento se explica por ser uma forma de fugir das altas taxas de administração cobradas pelas credenciadoras de cartões, que ficam na faixa de 3% a 5%. Além disto, do ponto de vista do comerciante, existe também uma defasagem entre a realização da venda e seu efetivo recebimento.
Entre os empresários que evitam trabalhar com cheques, 53% do total, a principal alegação é o risco de não receber as vendas e o alto custo da recuperação do crédito. A sondagem da Fecomércio mostra que, em abril, 2% dos cheques foram devolvidos por falta de fundos, contra 1% no mês anterior.
Pré-datados - O uso de cheques pré-datados também se manteve praticamente estável de um mês para o outro. Foi de 23% em março e 22% em abril. Neste caso, 86% das operações foram para parcelamento em uma a seis vezes.
Os carnês e boletos de pagamento são utilizados por 8% dos empresários pesquisados, com participação de 5% no total de operações financiadas em abril. Nestes casos, o número de parcelas varia de dez a 24, com 91% das operações de longo prazo (seis a 24 parcelas), 43,5% delas para pagamento em dois anos. A taxa de juros média dos carnês fica entre 4% a 7% ao mês.
Outra modalidade de parcelamento são os cartões de crédito de marca própria, empregados em 5% das vendas a prazo realizadas em Belo Horizonte em abril. Esta modalidade é utilizada por 7% do total de empresas pesquisadas, grandes redes varejistas que expandem sua área de abrangência através de cartões que estreitam seu relacionamento em especial com o público de menor renda. Cerca de 55% das operações com cartões de crédito próprio foram feitas com parcelamento em 12 vezes e 15%, em 24 vezes. (AL)
Veículo: Diário do Comércio - MG