A inflação na cidade de São Paulo apresentou alta acumulada de 3,15% no primeiro semestre de 2011, segundo informou ontem a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). A taxa foi maior que a observada nos primeiros seis meses de 2010, quando o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) havia registrado variação positiva de 3,10%. No acumulado dos últimos 12 meses encerrados em junho de 2011, o IPC alcançou a marca de 6,46%, levemente inferior à de 6,49% do período de 12 meses terminado em maio deste ano.
Nesta segunda-feira, a Fipe divulgou que o indicador paulistano apresentou variação positiva de 0,01% em junho ante elevação de 0,31% em maio. O resultado, foi a menor taxa mensal de inflação em São Paulo desde a deflação de 0,31% de junho de 2006.
Entre os grupos pesquisados pela Fipe, a educação foi o destaque, com alta acumulada de 6,29% entre janeiro e junho de 2011, bem acima da média da inflação geral do período, de 3,15%. O grupo transportes variou 6,20% no primeiro semestre, o grupo despesas pessoais acumulou elevação de 4,38% e o de saúde, de 4,33%. Na sequência, os grupos vestuário, habitação e alimentação apresentaram variações acumuladas de 2,99%, 2,37% e 0,71%, respectivamente. De acordo com o relatório Focus, divulgado ontem pelo Banco Central (BC), a expectativa do mercado é que o IPC-Fipe termine este ano em 5,77%, ante taxa prevista de 5,71%, registrado no documento da semana passada.
Para 2012, os analistas consultados pela autoridade monetária aguardam que o IPC calculado pela Fipe feche e, 4,79%, mesmo percentual esperado desde relatório anterior.
Ainda ontem, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou que a inflação no varejo mostrou decréscimos em suas taxas de variação de preços em cinco das sete capitais pesquisadas pela FGV para cálculo do Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S). Mas na passagem do indicador de até 22 de junho para o IPC-S de até 30 de junho, a cidade de São Paulo assumiu trajetória oposta e mostrou enfraquecimento de deflação, ao passar de retração de 0,29% para recuo de 0,26% no período. A capital paulista representa quase 50% do total do IPC-S.
As outras cidades que mostraram taxas de inflação mais fraca ou queda mais forte, no mesmo período analisado foram Salvador (de deflação de 0,08% para retração de 0,15%); Rio de Janeiro (de recuo de 0,07% para deflação de 0,19%); Belo Horizonte (de 0,08% para 0,07%); Brasília (de 0,30% para 0,16%); e Recife (de 0,36% para 0,08%).
Ainda de acordo com os cálculos da Fundação Getúlio Vargas, a cidade de Porto Alegre seguiu o mesmo comportamento de preços da capital paulista e teve queda mais fraca de preços no período (de recuo de 0,52% para deflação de 0,40%).
Veículo: DCI