Meta de inflação para 2013 será de 4,5%

Leia em 2min 10s

Governo informou que cenário de incertezas internacional contribuiu para a manutenção do número pelo nono ano

 

O governo preferiu não correr riscos e optou por manter a meta de inflação para 2013 em 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos porcentuais para cima (6,5%) ou para baixo (2,5%). O cenário de "incertezas do ambiente internacional" contribuiu para a decisão, mas a escolha também considerou outro aspecto: a necessidade de que a atuação do Banco Central seja flexível e não comprometa o potencial de crescimento do País.

 

"A determinação do governo é manter a inflação controlada e (concentrar) esforços para menores inflações no futuro. Mas o ambiente internacional não é o mais favorável", disse o secretário de política econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland. O governo já tinha dado sinais de que manteria pelo nono ano consecutivo o alvo de 4,5% para o BC perseguir.

 

Havia, no entanto, algumas avaliações apostando na redução da meta, pois a referência nacional para a inflação é mais elevada do que a de outros países com um desenvolvimento econômico similar ao do Brasil.

 

Citando dados do relatório de inflação, divulgado no dia anterior pelo BC, Holland enfatizou que a decisão pela repetição do parâmetro dará "uma flexibilidade necessária e compatível com o potencial produtivo do País". A meta para 2012, que havia sido estipulada há um ano, foi confirmada ontem também em 4,5%, com o mesmo intervalo de tolerância. "O regime de metas é estratégico para a política monetária e tem se mostrado exitoso. Desde 2005, a inflação está dentro da banda de tolerância", destacou Holland. Aquele foi o primeiro ano em que o alvo brasileiro foi determinado em 4,5%.

 

É verdade que desde então o BC sempre entregou o IPCA sem extrapolar as bandas, mas apenas em duas oportunidades o índice ficou realmente perto do centro desejado - em 2007 (4,46%) e em 2009 (4,31%). Nos demais casos, o indicador flertou com as margens, chegando a 5,91% no ano passado. Pior: no acumulado nos últimos 12 meses até maio, a taxa segue acima do teto, em 6,55%.

 

O secretário admitiu que riscos de inflação para este ano e para 2012 ainda persistem, sobretudo decorrentes dos preços do petróleo e dos alimentos. "Há menos otimismo com ritmo de expansão global e é possível que haja uma segunda rodada de choques de commodities", disse.

 

Veículo: O Estado de S.Paulo


Veja também

BC vê inflação mais longe da meta em 2011 e 2012

Expectativa do Banco Central para o IPCA em 2012 subiu de 4,6% para 4,8% e, para este ano, a expectativa subiu de 5,6% p...

Veja mais
Mercosul precisa se proteger, diz Dilma

Presidente faz pressão durante cúpula, em Assunção, para que sejam adotadas medidas que evit...

Veja mais
Consumo da Classe C impulsiona indústria de alimentos no país

Segunda em importância, a indústria de alimentos foi a que mais ganhou participação em 2009. ...

Veja mais
Dilma quer Mercosul importando menos

O governo brasileiro tenta estender aos demais países do Mercosul - Argentina, Uruguai e Paraguai - o posicioname...

Veja mais
Estímulo ao consumo evitou crise no comércio em 2009

Medidas adotadas pelo governo garantiram o crescimento do setor mesmo com as turbulências na economia mundial. &n...

Veja mais
Barreiras ainda afetam comércio bilateral

Exportações: Setor privado reclama que Brasil e Argentina não cumpriram prazos para liberaç&...

Veja mais
Endividamento eleva calote de consumidores

O endividamento recorde do consumidor brasileiro nos últimos meses - impulsionado pela ampla oferta de cré...

Veja mais
Deflação em SP sem surpresa

A deflação de 0,05% no Índice de Preços ao Consumidor (IPC), apurado pela Fundaç&atil...

Veja mais
Confiança do consumidor na economia volta a subir

As faixas de renda mais altas puxaram a recuperação do Índice de Confiança do Consumidor (IC...

Veja mais