O desemprego recuou de 14,5% para 14,1% nas seis regiões metropolitanas do país em que é realizada a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) pela Fundação Estadual de Análise de Dados (Seade) e Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Essa é a taxa mais baixa registrada em um mês de setembro desde 1998.
O total de desempregados atingiu 2,8 milhões de pessoas, com redução de 72 mil em comparação com agosto. A redução é 168 mil quando comparada com desempenho de setembro do ano passado. No período, ocorreram 205 novas admissões e o corte de 75 mil vagas, resultando na geração de 130 mil postos de trabalho, 0,8% acima de agosto e superou em 58 mil o número de pessoas que entraram para o mercado.
A maior parte das contratações ocorreu no setor de serviços (171 mil). Depois vieram os setores da construção civil (18 mil) e da indústria (16 mil). Nos segmentos do comércio, foram suprimidas 37 mil vagas e em outros setores, 38 mil.
Na comparação com agosto, a maior redução na taxa de desemprego foi constatada em Recife (-4,2%), embora essa região, entre as seis pesquisadas, registre o maior percentual de desempregados proporcionalmente à população economicamente ativa: 20,4% em setembro ante 21,3% no mês de agosto.
A segunda maior taxa de desemprego é de Salvador (19,7%), 1% menos do que no mês anterior. Essa variação nos municípios baianos representa um avanço sobre o mesmo mês de 2007, quando detinha a maior taxa de pessoas em busca de uma vaga (21,7%). Nas demais regiões metropolitanas foram constatados os seguintes índices de desemprego: Distrito Federal (15,8%), 0,6% de queda; Belo Horizonte (9,5%) com recuo de 2,1%; Porto Alegre (11,2%), 0,9% menor; e São Paulo (13,5%), 3,6% abaixo de agosto.
Entre julho e agosto de 2008, depois de dois meses consecutivos de redução, o rendimento médio real dos ocupados elevou-se em 1,6%, passando a valer R$ 1.216, e o dos assalariados manteve-se relativamente estável (-0,3%), equivalendo a R$ 1.246.
Veículo: Valor Econômico