Mercado reduz projeções para crescimento do PIB e inflação

Leia em 2min

A expectativa de desaceleração mais acentuada da economia mundial, em decorrência da crise fiscal nos Estados Unidos e na Europa, voltou a reduzir a previsão de crescimento econômico e a inflação projetada para o índice que baliza a política monetária no Brasil. A mediana das projeções de mercado colhidas pelo Banco Central na sexta-feira indica que a variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) será de 6,26% em 2011 e de 5,23% em 2012. A previsão de crescimento real do Produto Interno Bruto para este ano recuou para 3,93%.

 

Na pesquisa anterior, as previsões indicavam, respectivamente, variações de 6,28%, 5,27% e 3,94%. Esta é a segunda semana consecutiva de queda das medianas relativas a esses indicadores, obtida pelo BC a partir da consulta a mais de cem instituições financeiras e empresas, na sexta, dia 12. Duas semanas atrás, a inflação do IPCA estava projetada em 6,31% para 2011 e em 5,3% para o ano que vem. Para o PIB deste ano, a expectativa era de variação de 3,96%. Já para 2012, o mercado vem projetando crescimento de 4% há quatro semanas.

 

O temor de que o Brasil seja afetado pela incapacidade de os Estados Unidos e países europeus reativarem suas economias é mais evidente nas projeções de produção industrial. Pela sétima semana seguida, neste caso, a mediana recuou nessa última pesquisa do BC e agora está em 3% para 2011. Há sete semanas, a previsão era de que a indústria registrasse expansão de 3,73% este ano, número que já tinha caído para 3,01% na pesquisa do dia 5 de agosto. Já para 2012, a mediana das projeções para esse indicador ficou estável em 4,3%.

 

A pesquisa também mostra queda das projeções para o IGP-DI, o IGP-M e o IPC-Fipe, cujas medianas indicam inflação para este ano inflação de 5,44%, 5,50% e 5,62%.

 

A projeção para o nível da meta de Taxa Selic ao fim deste ano e do próximo também manteve-se estável, em 12,5% ao ano, na comparação com a pesquisa anterior, apesar de economistas do próprio governo já verem na atual crise mundial uma oportunidade de reduzir os juros básicos.

 

Veículo: Valor Econômico


Veja também

Preços de alimentos seguem firmes

Ainda que tenha recuado em relação ao início do ano, o índice de preços globais de al...

Veja mais
País tem R$ 300 mi em moedas perdidas

Banco Central gasta valor parecido todo ano só para suprir a ausência das que estão desaparecidas ou...

Veja mais
Bancos públicos vão reforçar crédito para a indústria

Diferentemente da crise de 2008, quando o alvo foi o consumidor, objetivo agora é estimular a produç&atild...

Veja mais
Preços de commodities convertidos em reais têm recuo de 1,5% este mês

Queda das cotações precisa superar a alta do dólar para aliviar a inflação   O...

Veja mais
Comércio entre Brasil e China deve se manter imune à crise

Superavit do país com parceiro asiático no semestre já supera o de 2010   Programa de moradi...

Veja mais
Mercado de trabalho favorece alta do varejo

Vendas do setor cresceram 7,3% no primeiro semestre; massa salarial e preços mais baixos de bens duráveis ...

Veja mais
Deflação perde força entre baixa renda

A deflação perdeu força entre a população de baixa renda em julho. É o que mos...

Veja mais
Varejo tem semestre de alta forte, com mercado de trabalho aquecido

O bom desempenho do comércio varejista no primeiro semestre mostrou que a demanda interna continua forte neste an...

Veja mais
Varejo olha crise com cautela e revê estratégias

Indústrias de bens de consumo e redes varejistas já adotaram maior cautela na condução dos n...

Veja mais