Economistas defendem atuação do BC no câmbio

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Para eles, "queda leve do real" ajudaria a indústria

 

A desvalorização do real é necessária para melhorar o desempenho da indústria nacional, mas uma elevação muito intensa da taxa de câmbio pode afetar negativamente o mercado interno e ter efeito inverso.

 

Essa é a avaliação atual de alguns economistas desenvolvimentistas que tradicionalmente defendem o câmbio desvalorizado como impulsionador das exportações e do crescimento industrial.

 

Segundo Ricardo Carneiro, da Unicamp, um alta muito intensa do dólar diminuiria o poder de compra do brasileiro e deixaria os bancos mais cautelosos na liberação de crédito. Ele defende uma desvalorização cambial leve.
"Agora, o mais importante no momento é proteger o mercado interno das importações, não expandir exportações. O mercado externo está em contração", disse ontem num seminário da FGV e do Centro Celso Furtado.

 

Fernando Nogueira Costa, também da Unicamp, observa que uma desvalorização cambial forte elevaria muito a inflação. Isso exigiria um arrocho monetário que reduziria o crescimento, diz.

 

Na sua opinião, o governo vem agindo adequadamente ao segurar um queda maior do dólar com compras no mercado à vista, taxação de investimentos de curto prazo e de operações no mercado de derivativos de câmbio.
Para Francisco de Souza, consultor do BNDES, essas medidas teriam mais eficácia se houvesse uma política cambial integrada. Ele citou os juros altos que atraem mais dólares e contribuem para a valorização do real.

 


Veículo: Folha de S.Paulo


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