Preço de alimentos tem variação de 87%

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A família da região que quiser economizar na compra da cesta básica terá de percorrer os supermercados. Isso porque a diferença de preços em um mesmo produto é alta e pode chegar superar 87%. É que mostra levantamento semanal da Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André.

 

O campeão nesse quesito é o sal refinado de 1 kg. A variação nos custos atinge 87,34%. O menor preço está na Vila Bocaina, em Mauá, que sai por R$ 0,79 e o mais pesado para o bolso fica no Centro de Ribeirão Pires, onde se cobra R$ 1,48 nesse pacote.

 

No caso de itens mais caros do que o sal, como o pão francês, qualquer variação de preços pesa mais no orçamento familiar. No pãozinho, a diferença nos custos cobrados pelas padarias é de 80,23%, e o preço mais caro é de R$ 6,29 o quilo, na Piraporinha, Diadema. O quilo mais leve para o bolso do consumidor sai do forno da Vila Bocaina a R$ 3,49. Feijão, extrato de tomate e o frango também apresentaram variação grande; de 74,6%, 63,6% e 59%, respectivamente.

 

O coxão mole, que na semana subiu 4,7% e custa R$ 15,60 o quilo, em média, tem diferença de preços de 50,51%: o valor mais baixo é encontrado na Vila Bocaina por R$ 12,75, contra R$ 19,19 no Centro de Mauá.

 

CESTA BÁSICA - Na ponta do lápis, o consumidor irá gastar mais para adquirir a cesta regional - o preço subiu 1,93% entre quinta-feira passada e ontem. Famílias que pretendem fazer a compra do mês nesta semana vão pagar R$ 363,31 em média. Há sete dias, custava R$ 6,87 menos. Desde o início do mês, os 34 itens que compõem o carrinho encareceram 5,3%. Cobrava-se R$ 345 na época.

 

Os dois tipos de carnes pesquisados pela Craisa, além do frango, tiveram alta. "Os bovinos são os mais caros e qualquer variação já puxa os preços da cesta", diz o engenheiro agrônomo da Craisa, Fábio Vezzá De Benedetto.

 

Mas foram nos hortifrúti que ocorreram as maiores variações: o tomate, que estava em sequência de alta, finalmente recuou, mesmo que timidamente. Foi o item que teve maior redução de preço na cesta: 7,41%, ou R$ 0,32 mais barato. O quilo do fruto custa R$ 4 na região. O menor valor está na Vila Conceição, Diadema, a R$ 2,99 o quilo. Na outra ponta, a cebola desponta como a vilã dos reajustes - 14,77% - custando R$ 1,71, contra R$ 1,49 praticado na semana passada.

 

O do arroz está em alta e tende a ficar ainda mais caro. Da primeira semana deste mês para cá, a variação de preços atingiu 11,3% - o pacote de 5 kg custa R$ 6,32, ante os R$ 5,68 cobrados na época. O especialista no grão e diretor financeiro da Bolsa de Cereais de São Paulo, Elias Saad José, afirma que a abundante oferta tem prejudicado o agricultor. Ele defende que as vendas não têm coberto os custos de produção.

 

"O mercado de arroz está muito barato, há importação de países como Argentina, Uruguai e Paraguai, soma-se a isso a produção atingiu 13 milhões de toneladas contra consumo de 11,5 milhões no Brasil. O governo está adotando mecanismos para proteger o produtor brasileiro, como adiamento do prazo de pagamento de dívidas com a produção e subsídios para exportação", diz José. A estimativa do especialista é de alta de 5% no grão nos próximos 45 dias.

 

Veículo: Diário do Grande ABC - SP


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