Inflação ao consumidor deve fechar o ano com alta de 6,2%

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O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), Paulo Picchetti, reduziu na última terça-feira, de 6,4% para 6,2%, a estimativa do resultado acumulado do indicador de inflação em 2011. Ele disse que comportamento favorável do IPC-S em outubro - ao registrar taxa de 0,26% - foi o principal motivo para a mudança na expectativa. O indicador é calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Picchetti iniciou o mês passado com uma expectativa de taxa de 0,50% para o IPC-S, mas, na semana passada passou a trabalhar com uma previsão de inflação de 0,30% para o mês passado. O número divulgado na terça-feira passada ficou, portanto, ainda abaixo do que ele imaginava.

Segundo o coordenador, o grande destaque do mês ficou por conta da forte desaceleração do grupo Alimentação, que fechou setembro com alta de 0,55% e chegou ao fim de outubro com variação zero.

Por outro lado, elevações mais discretas para custos de habitação ajudaram o índice desacelerar, ao passar de 0,64% na quadrissemana encerrada em 22 de outubro, para 0,53%, na última medição da FGV.

Para os dois últimos meses de 2011, Paulo Picchetti trabalha com uma projeção de aceleração da taxa do IPC-S. De acordo com ele, há uma expectativa de recuperação dos preços exatamente da alimentação e de outros segmentos que, além deste conjunto de preços, costumam sofrer o impacto das festas de fim de ano. "Entre novembro e dezembro, vamos ter uma taxa de 0,60%, em média", disse.

No começo de outubro, o coordenador havia projetado taxa de 6,3% para o indicador de 2011. No decorrer do mês, passou a trabalhar com uma taxa de 6,4% e, na terça-feira, cravou a nova projeção de 6,2%. Se o resultado previsto for confirmado, o IPC-S deste ano, ficará bastante próximo do verificado em 2010, de 6,24%.

Com a taxa de 0,26% registrada em outubro, o IPC-S acumula alta de 4,96% em 2011. Nos últimos 12 meses até outubro, o indicador da FGV atingiu o nível de 6,78%, já inferior ao de 7,14% observado no acumulado até setembro.


Veículo: DCI


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