Brasileiro deve consumir menos no início deste ano

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De acordo com o levantamento da CNI, a maior preocupação do consumidor continua sendo a inflação


Os brasileiros começaram 2012 menos propensos a consumir do que estavam no início do ano passado. De acordo com o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec), medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), apesar de o indicador ter ficado praticamente estável nos últimos meses, o resultado de janeiro foi 1,5% inferior ao obtido no mesmo período de 2011.

Na comparação com dezembro, o Inec até subiu um pouco, com variação positiva de 0,2%. Mas a própria CNI destacou ontem que "o índice encontra-se em patamar elevado na comparação com a série histórica, mas o otimismo já foi maior".

A maior preocupação dos consumidores continua sendo a inflação, com 69% dos entrevistados esperando uma alta nos preços nos próximos meses.

Foi justamente esse quesito que puxou o índice para baixo na comparação anual. Em janeiro deste ano, essa componente do indicador piorou 7,5% em relação ao mesmo período do ano passado.

Apesar da melhora na comparação com o resultado de dezembro, a expectativa dos consumidores em relação ao emprego ainda é 3,1% pior que a verificada em janeiro de 2011.

A CNI destaca, porém, que essa variável inverteu a tendência de agravamento do pessimismo que vinha sendo registrada nos meses anteriores.

De acordo com o economista da entidade, Marcelo Azevedo, o maior otimismo das pessoas sobre o crescimento das vagas no mercado de trabalho se deve à confiança de que os contratos temporários para as vendas de fim de ano sejam efetivados neste começo de 2012.

Dívidas. Da mesma forma, mesmo melhorando na comparação com dezembro, o endividamento das famílias ainda é 4,4% superior ao do começo do ano passado. As expectativas com relação à renda pessoal também estão piores, 0,9% mais baixas.

Dentre as diversas perguntas feitas aos entrevistados, a que obteve melhor desempenhos na comparação com janeiro de 2011 foi a que aborda a disposição dos consumidores por compras de bens de maior valor.

Mesmo com uma queda de 1,7% ante dezembro, o resultado ainda é 2,2% mais positivo do que o registrado no começo do ano passado.

Outro indicador que melhorou é a avaliação sobre a situação financeira do País, com índice 1% superior ao do mesmo período de 2011. "O 13.º salário pode ter participação nesse maior otimismo sobre a situação financeira e endividamento", avalia Azevedo.


Veículo: O Estado de S.Paulo


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