Depois de assinarem a declaração conjunta do G-20, que inclui uma rejeição ao protecionismo e a promessa de passar um ano sem criar barreiras ao comércio, algumas autoridades do Brasil e da Argentina defendem o aumento da Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul para produtos como vinhos, pêssegos, lácteos, têxteis, couro e móveis de madeira, entre outros. A decisão de faz parte do comunicado divulgado ontem pela Secretaria de Indústria do governo argentino, após reunião, em Buenos Aires, entre negociadores dos dois países.
"[Os dois governos] decidiram levar à próxima reunião do Mercosul [em dezembro, em Salvador] os requerimentos para o aumento da TEC para vinhos, pêssegos, lácteos, têxteis, produtos de couro, móveis de madeira, entre outros", diz o texto.
Perguntado pela BBC Brasil sobre esta iniciativa, anunciada após reunião do G-20, um assessor da Secretaria de Indústria da Argentina afirmou que "não há contradição", já que a idéia de aumentar a TEC não significa medida ampla, mas sim "específica para produtos sensíveis à entrada de similares produzidos fora do bloco". Em outubro, com a crise financeira internacional em seu auge, o governo argentino anunciou a adoção de medidas para proteger sua indústria, inclusive contra mercadorias brasileiras. Oficialmente, as medidas foram adotadas para evitar que produtos chineses cheguem ao Brasil e partam para a Argentina.
Veículo: DCI