Desemprego na RMBH tem a menor taxa desde 2002

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Indicador em abril ficou em 5%.

A taxa de desemprego na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) permaneceu praticamente estável, ao passar de 5,1% em março para 5% em abril, a menor para o mês desde 2002. Apesar do recuo, o indicador na Grande BH não é mais o menor do país, já que em Porto Alegre ele chegou a 4,7%. Mesmo assim, o índice ficou bem abaixo da média nacional, que alcançou 6%, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A população ocupada na RMBH registrou aumento de 8 mil pessoas no quarto mês deste ano ante o terceiro, o que corresponde a uma alta de 0,3%. O resultado pode ser atribuído, principalmente, ao setor de comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos, responsável por empregar mais 20 mil trabalhadores.

Em seguida, veio o segmento de intermediação financeira e atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados à empresa, com 8 mil admissões. Em contrapartida, destacou-se, na mesma base de compração, a atividade "outros serviços" que, no período, dispensou 15 mil funcionários.

O ritmo menos intenso da atividade produtiva foi comprovado pela pesquisa. Isso porque o estudo identificou o desligamento de 6 mil empregados que atuavam na indústria extrativa, de transformação e de distribuição de eletricidade, gás e água. "O desempenho insatisfatório da indústria mineira explica a diferença em relação a Porto Alegre. Lá, as fábricas contrataram 25 mil colaboradores", avalia o analista do IBGE-MG, Antônio Brás.

Chama a atenção também o curto tempo de busca por um emprego. A grande maioria das pessoas (92,3%) passa, no máximo, seis meses procurando trabalho. Desse total, 51,2% ficam desempregadas por no máximo 30 dias e o restante (41,1%) de 31 dias a um semestre. Apenas 2,8% ficam sem exercer qualquer tipo de função remunerada por um tempo que varia de sete a 11 meses, enquanto que o restante (2,8%) fica desempregado por até dois anos.

Renda - Já o rendimento médio real habitual aumentou 0,5% na RMBH na comparação com março, atingidos R$ 1.687,70. Mesmo assim, o valor ainda é inferior à média nacional, que é de R$ 1.719,50. "Em São Paulo e Rio de Janeiro, os salários pagos pela iniciativa privada são superiores aos das demais regiões, o que justifica o desequilíbrio. Já os vencimentos pagos pelos órgãos públicos são mais homogêneos", explica Brás. Normalmente, um empregado de empresa privada recebe R$ 1.366,30 na Grande Belo Horizonte, enquanto que a média brasileira é de R$ 1.503,30.

Já na comparação com o quarto mês do exercício passado, a taxa de desemprego na RMBH recuou 0,3% pontos percentuais, passando de 5,3% em 2011 para 5% em 2012. Neste caso, o destaque positivo ficou a cargo do segmento administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde e serviços sociais, que contratou 42 mil pessoas. Também merece ser citada a construção civil, responsável por contratar 22 mil pessoas. No país, frente a abril do ano passado, o indicador caiu de 6,4% para 6%.


Veículo: Diário do Comércio - MG


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