As vendas no varejo de Belo Horizonte caíram 2,94% no mês de setembro em relação a agosto, sendo o melhor desempenho o do setor de supermercados e produtos alimentícios, cujas vendas aumentaram 0,72% no período. A explicação para a queda do oitavo para o nono mês do ano, segundo a economista da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte Ana Paula Bastos, está no Dia dos Pais, que cria uma base de comparação muito alta com o incremento das vendas de presentes, provocando um desaquecimento relativo em setembro.
Entretanto, levando-se em conta o desempenho de janeiro a setembro, os dados da CDL-BH indicam um resultado positivo no comércio da capital mineira, com crescimento de vendas de 7,37% sobre idêntico intervalo de 2011. A melhora no mercado de trabalho, com a entrada de um maior número de trabalhadores e o aumento dos rendimentos são alguns dos fatores que contribuíram para este crescimento. Mas também teve peso a facilidade dos consumidores para acessar o crédito. "A atual situação do crédito no país tem impulsionado ainda mais o setor varejista", afirma.
Farmácia - O crescimento das vendas foi mais acentuado nos produtos farmacêuticos, com incremento de vendas de 8,64%; papelarias e livrarias (8,56%); tecidos, vestuário, armarinho e calçados (7,54%); máquinas, eletrodomésticos, móveis e equipamentos (5,52%), ferragens, material elétrico e de construção (4,87%); supermercados e produtos alimentícios (4,28%), veículos novos e usados (2,9%); e artigos diversos, incluindo aí acessórios em couro, brinquedos, óticas, caça, pesca e cutelaria, material esportivo, material fotográfico, computadores e periféricos e artefatos de borracha (0,7%).
Comparando setembro deste ano ante mesmo mês de 2011, verifica-se que houve ligeiro aumento nas vendas, de 0,32%, de acordo com dados da CDL-BH. Também aí, destaca Ana Paula Bastos, a explicação está na melhora do mercado de trabalho, na redução da taxa dos juros, aumento da renda e expansão do crédito.
Levando-se em conta este período, o resultado é fruto do bom desempenho dos supermercados e produtos alimentícios, com aumento de vendas de 4,31%, ferragens, material elétrico e de construção (1,78%), produtos farmacêuticos (1,6%), tecidos, vestuário, armarinho e calçados (0,4%) e artigos diversos (0,13%).
Veículo: Diário do Comércio - MG