Parcela do 13º anima lojistas, diz Fecomércio

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Segmento espera alta nas vendas.


A chegada da primeira parcela do 13º salário ao bolso do consumidor contribui para aumentar as expectativas dos lojistas em torno do Natal, período mais lucrativo do ano para o varejo. Levantamento divulgado na sexta-feira pela Federação do Comércio do Estado de Minas Gerais (Fecomércio Minas) demonstra que 62,2% dos empresários mineiros esperam vendas melhores neste ano, em relação ao anterior. Outros 25% apostam na estabilidade, enquanto o pessimismo atinge apenas 12,8%.

Segundo o supervisor de Pesquisa da Fecomércio Minas, Eduardo Gonçalves Dias, o resultado do estudo é compatível com a expectativa da entidade. "Como o levantamento foi, pela primeira vez, realizado em diferentes regiões do Estado, a média é bastante positiva. Isso porque, lojistas de algumas localidades, onde o comércio não tinha tanta força até então, estão confiantes em um bom desempenho, o que indica o fortalecimento da atividade", analisa.

Para a maior parte, 32,6%, a alta deve variar entre 10% e 20%, ao passo que para 31,3%, a variação positiva não ultrapassa os 10%. Os que estimam crescimento superior somam 36,1%. Do total, 23,3% projetam avanço de 20% a 30%, enquanto que para 7,2%, a rentabilidade deve aumentar de 30% até 50%, neste exercício. Apenas 5,6% estão confiantes em um crescimento acima dos 50%.

No que depender do valor do tíquete médio, os comerciantes vão ter que se esforçar para atingir os objetivos traçados. Isso porque, para 42,5%, o consumidor deve desembolsar, neste ano, um valor médio entre R$ 50,01 e R$ 100, ao ir às compras. "O dado aponta que, em 2012, parcela significativa dos compradores deve optar pelas lembrancinhas, o que não é necessariamente ruim. Mas, dessa maneira, para conseguir lucrar mais, o empresário precisa negociar um volume bem maior de mercadorias", explica Dias.

Contudo, o pesquisador da Fecomércio Minas salienta que um total de 36,2% pretende desembolsar, ao ir às compras, valor que varia de R$ 100,01 até mais de R$ 500, o que impulsiona a venda de produtos de maior valor agregado, como os eletrônicos, grupo do qual fazem parte os cobiçados smartphones, tablets e notebooks. Os números mostram que, 43,9% dos consumidores, têm interesse em presentear com itens desse segmento. Em seguida, detêm a preferência os calçados, roupas e acessórios, 42,5%.

Dias, por sua vez, ressalta que, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), foi registrada uma inversão dos resultados.


Promoções - Para que este Natal supere as expectativas e seja ainda mais rentável, os empresários podem recorrer a algumas estratégias. Entre elas, estão as promoções, treinamento da equipe e buscar oferecer ao cliente a maior quantidade possível de formas de pagamento. Isso porque os empresários acreditam que, neste ano, em decorrência dos altos índices de endividamento e inadimplência, o consumidor vai priorizar, acima de tudo, o preço baixo, 34,4%, e o bom atendimento, 21,3%.

"O consumidor hoje está mais bem informado. Portanto, investir na qualificação dos funcionários é essencial na minha visão. Além de características, como boa vontade e bom humor, o profissional precisa saber identificar com facilidade as reais necessidades de consumo do cliente. Caso contrário, o estabelecimento tem grandes chances de não concretizar o negócio", opina. Entre os outros fatores que devem ser considerados pelo consumidor, conforme a pesquisa, destaca-se a facilidade no acesso ao crédito, 17,6% e qualidade dos produtos ofertados, 10,9%.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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