Varejo registra maior movimento em cinco anos

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Houve aumento de 13,8% em janeiro sobre igual mês do ano passado, segundo Serasa


O movimento no comércio varejista de todo o país aumentou 13,8%, em janeiro, em relação a igual mês do ano passado, a maior alta já registrada desde 2008, segundo o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio. Na comparação com dezembro, houve aumento de 1,5%.

Dos seis setores pesquisados, o de móveis, eletroeletrônicos e informática foi o que apresentou o melhor desempenho na comparação anual, com elevação de 15,6% ante janeiro de 2012 . Em relação a dezembro, houve aumento de 9,7%. Segundo avaliação dos economistas da Serasa Experian, a demanda aquecida foi estimulada pelos benefícios fiscais, razão que também motivou a grande procura por veículos, motos e peças.

As concessionárias lideraram a alta do movimento em relação a dezembro, com aumento de 10,8%. Comparadas às de janeiro do ano passado, as vendas foram 4,8% maiores. Os analistas da Serasa justificaram que o consumidor foi atraído pela queima de estoques dos veículos com Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) reduzido.

No comércio de tecidos, vestuário, calçados e acessórios, ocorreu alta de 3,1% ante dezembro e de 3,9% na comparação com janeiro do ano passado. Nos supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas, o movimento ficou estável, mas sobre janeiro de 2012 foi constatada alta de 6,3%.

Em lojas de materiais de construção, o movimento foi 4,2% maior do que em dezembro e 6,2% superior ao de janeiro do ano passado. A única baixa em relação a dezembro foi verificada no comércio de combustíveis e lubrificantes (-0,5%). Porém, sobre janeiro de 2012, o movimento cresceu 7,8%.

Confiança

Apesar do dado positivo no varejo no começo deste ano, os comerciantes estão menos confiantes, segundo outra pesquisa, feita pela Fundação Getulio Vargas (FGV). A confiança dos comerciantes medida em janeiro deste ano sofreu queda de 1,2% em relação a janeiro de 2012, de acordo com o Índice de Confiança do Comércio (Icom). Em dezembro de 2012, o índice havia registrado queda de 1,3% na comparação com o mesmo período de 2011.

A piora do índice de confiança, segundo a FGV, foi provocada por expectativas em relação aos próximos meses, que caiu 4,9% em janeiro deste ano na comparação com janeiro de 2012. Já a percepção em relação à demanda atual melhorou, com índice de 4,6% na mesma comparação.

A confiança dos comerciantes no trimestre encerrado em janeiro foi igual à do mesmo período de 2012. No trimestre terminado em dezembro, o índice havia variado 1,5%. Assim como na comparação mensal, esse resultado foi determinado pela piora das expectativas, com recuo de 2%. Já o Índice da Situação Atual continuou avançando e ficou 2,7% superior ao do mesmo período do ano anterior; em dezembro de 2012, a variação foi 2,4%, na mesma base de comparação. Na comparação interanual trimestral, entre dezembro e janeiro, houve evolução favorável em apenas seis dos 17 segmentos pesquisados.

A Sondagem do Comércio é feita pela FGV com base em informações fornecidas por 1.212 empresas do setor, que são responsáveis por 116 mil empregos.

São Paulo

O otimismo dos empresários do comércio paulistano diminuiu 5,1% de dezembro último para janeiro deste ano, de acordo com o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). A percepção do setor sobre a economia atingiu 114 pontos ante 120,1 pontos, em dezembro. Apesar do recuo, o comportamento do empresariado ainda mostra confiança já que pelos critérios da apuração, sempre que ultrapassa os 100 pontos em uma escala de 0 a 200, a leitura técnica é de que o setor está otimista.



Veículo: Brasil Econômico


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