Fundos superam poupança nova e empatam com a antiga mesmo após IR
Desempenho, porém, é uma média e considera fundos que não são acessíveis ao pequeno investidor
Os fundos renda fixa e DI, com pelo menos 80% dos recursos em títulos públicos ou de empresas, foram, em abril, os investimentos financeiros mais rentáveis.
A liderança é mantida considerando tanto a rentabilidade bruta como a com desconto do Imposto de Renda (veja quadro).
Sem desconto do imposto, o DI teve, em média, ganho de 0,62%. Com desconto de 17,5% de IR, alíquota praticada para resgate após 12 meses, a rentabilidade cai para 0,51%. E, considerando IR de 22,5%, a alíquota mais alta incidente para resgate em até seis meses, passa para 0,48%.
Já o fundo renda fixa teve, em média, ganho bruto de 0,61% e rentabilidade de 0,50% descontado o IR para resgate após 12 meses.
Com o imposto incidente em resgate até seis meses, o ganho cai para 0,47%.
Em todas as situações, a rentabilidade média desses fundos supera a da poupança nova, válida para depósitos feitos a partir de 4 de maio do ano passado, que teve ganho de 0,41% no mês (para aniversário no fim de abril).
O desempenho dos fundos também fica próximo ao da poupança antiga, de 0,50%.
Todas essas aplicações superam por pouco a inflação oficial (pelo IPCA) projetada para o mês, de 0,48%.
Vale destacar, porém, que, no caso dos fundos, a rentabilidade não reflete precisamente o ganho dos pequenos investidores, uma vez que o número da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) é uma média.
FUNDOS GRANDES
Para o cálculo desse valor, são considerados todos os fundos de cada categoria, inclusive os de grande porte, que exigem aplicação inicial elevada e costumam render mais que os de varejo.
Além disso, para a consultora financeira Marcia Dessen, a diferença de ganho entre os fundos e a poupança "não compensa o risco que o pequeno investidor corre de sofrer perdas com o fundo".
A especialista destaca que apenas para quem tem a partir de R$ 100 mil para investir os fundos começam a ficar mais vantajosos, pois passam a cobrar taxas de administração mais atraentes, inferiores a 1% ao ano.
Veículo: Folha de S.Paulo