A presidente Dilma Rousseff aproveitou seu discurso de 12 minutos em comemoração ao Dia do Trabalhador, feito em rede de rádio e TV, para dizer que a luta contra a inflação "é constante, imutável, permanente". E que, a partir de agora, vai privilegiar como nunca a educação, "o instrumento que mais amplia o emprego e o salário".
Para tanto, disse a presidente, continuará insistindo para que todos os royalties, participações especiais do petróleo e recursos do pré-sal sejam investidos na educação. Disse que acabou de assinar projeto de lei prevendo o repasse do dinheiro para a educação. Na terça-feira, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, provável candidato à Presidência da República, se antecipou ao gesto e sancionou proposta que vincula todos os recursos pernambucanos dos royalties do pré-sal para a educação.
No discurso, Dilma chegou a sugerir que os brasileiros façam pressão sobre os governos, as empresas, as igrejas e os sindicatos para que trabalhem mais para a educação, E que "incentivem o seu deputado e o seu senador" para que votem a favor do projeto que ela acabava de anunciar. "Somente assim poderemos gritar, em uma só voz, uma nova marca de fé e amor para nosso País. Poderemos gritar, do fundo do nosso coração: Brasil, pátria educadora."
Dilma disse que nos 10 anos do PT no governo foram criados 193 milhões de empregos com carteira assinada e o salário mínimo cresceu mais de 70% em termos reais. Só em seus dois anos de governo, afirmou, "foram criados 3,9 milhões de novos empregos". Acrescentou que os direitos trabalhistas estão avançando e as dívidas sociais históricas estão sendo resgatadas - e como exemplo citou a PEC sobre trabalhadores domésticos.
Veículo: O Estado de S.Paulo