Associação estima déficit de US$ 2 bi para balança comercial

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O presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro disse ontem, que a estimativa para o déficit da balança comercial neste ano pode superar a cifra de US$ 2 bilhões, anunciada pouco mais cedo pela entidade. "As causas para a queda das exportações é a cotação de commodities, em função do cenário externo, sobre o qual o País não tem controle. Se o cenário de hoje se mantiver, a tendência é aumentar o déficit", afirmou.

Após 13 anos de superávits, a AEB projeta o primeiro déficit comercial em 2013. Na previsão da associação, as exportações caem 5% neste ano, para US$ 230,511 bilhões, enquanto as importações sobem 4,2%, para US$ 232,519 bilhões.

Castro mencionou ainda a retração nas exportações de petróleo e derivados. "Esses são os problemas brasileiros. Há forte queda de exportação de petróleo até junho, com a queda de 11% no preço", disse.

O presidente da AEB prevê em R$ 2,25 o câmbio médio do País para este ano e, segundo ele, ainda assim a cotação seria insuficiente para tornar a venda de manufaturados competitiva no mercado internacional. "Hoje temos o câmbio variando de acordo com Banco Central e o governo tem todo interesse em baixar [o câmbio], por conta da inflação", afirmou Castro. Na visão dele, uma taxa confortável para aliviar os exportadores giraria entre R$ 2,40 e R$ 2,50, "o que dificilmente acontecerá".

Proteção

A Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu aplicar pena antidumping sobre importações brasileiras de laminados planos de aço ao silício, conhecidos como GNO, usados em aplicações como geradores de energia elétrica.

Segundo despacho da Camex publicado no Diário Oficial da União de ontem, a penalidade tem duração de cinco anos e se aplicará contra material produzido na China, Taiwan e Coreia do Sul. O produto integra categoria de aços especiais e no Brasil é fornecido pela Aperam.

A penalidade será aplicada sob a forma de imposição de alíquotas por tonelada. No caso de material importado da China, a pena varia de US$ 175,94 a US$ 432,95 por tonelada. Para a Coreia do Sul, a alíquota vai de US$ 132,50 a US$ 231,40. Já para Taiwan a variação é de US$ 198,34 a US$ 567,16.

Entre as empresas penalizadas estão grandes produtores mundiais como a chinesa Baosteel e a sul-coreana Posco.

A investigação da Camex sobre dumping do produto foi aberta em abril do ano passado e a decisão de imposição das penalidades foi tomada depois que o governo elevou imposto de importação de uma série de produtos em setembro de 2012 para apoiar o setor industrial.


Veículo: DCI


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