A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) ficou em 0,07% em julho, ante 0,38% em junho. Os dados foram divulgados sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pela Agência Estado, que esperavam uma taxa entre 0,02% e 0,24%, com mediana de 0,09%. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 3,52% e, em 12 meses, a variação é de 6,40%. Segundo especialistas, o índice aponta para uma possível deflação do IPCA de julho, puxada pelos itens de alimentos, em virtude de sazonalidade, e de transporte, ainda refletindo a revogação do aumento das tarifas de transporte urbano após as manifestações que se espalharam pelo país.
O economista-chefe da Western Asset, Adauto Lima, disse que o IPCA de julho deve fechar próximo a zero:
– Há chance inclusive de deflação do índice.
Nessa linha, também estão o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa, para quem o índice cairá 0,05%, e a LCA Consultores, que estima o IPCA de julho em -0,01%, embora a empresa já projetasse queda 0,03% antes da divulgação do IPCA-15.
A trégua da inflação, porém, não significa que a alta de preços deixou de ser uma preocupação, principalmente a parte ligada a serviços. No âmbito do IPCA-15, a inflação de serviços subiu de 0,68% em junho para 0,69% em julho e passou a acumular em 12 meses alta de 8,57%. Diante desse cenário, os especialistas acreditam que o Copom manterá o ritmo de alta da Selic.
Veículo; Jornal de Santa Catarina