Desafio para o consumidor é manter orçamento em dia

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Alguns indicadores mostram que o consumidor tem estado mais cauteloso com as compras a prazo e tomado decisões adequadas para sair do endividamento. A inadimplência - atraso no pagamento por período acima de 90 dias - perde fôlego, a demanda por crédito arrefece, o volume de financiamento de bens concedido recua e o total usado no rotativo do cartão de crédito cresce menos que o valor pago à vista no vencimento da fatura mensal. Esses números mostram que muitos consumidores estão fazendo a lição de casa - pagando dívidas em vez de assumir novas prestações. O desafio seguinte é manter o controle do orçamento.

Segundo dados do Banco Central, o total usado no rotativo do cartão de crédito vem avançando menos que o valor pago à vista no vencimento da fatura mensal FOTO: LUCAS DE MENEZES

O Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor registrou alta de 0,1% em maio, na comparação com abril, a menor variação para o mês de maio desde 2000. O índice perde fôlego também no ano, com alta acumulada de 7,5% nos cinco primeiros meses, comparativamente com um avanço de 9,5% no primeiro quadrimestre.

Demanda desacelerada

Os economistas da entidade atribuem esses resultados à desaceleração da demanda, pela retração do consumidor preocupado em renegociar suas dívidas e pela cautela diante da alta dos juros, que o leva a priorizar o pagamento das dívidas mais caras, como o cheque especial e o rotativo do cartão de crédito.

Menos financiamento

Dados do Banco Central indicam que, de janeiro a maio, o crédito concedido a pessoas físicas para a compra de bens, incluído a de carro, caiu 2,35%, para R$ 8,3 bilhões. A procura por crédito também está em desaceleração, segundo o Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito.

A expansão acumulada no ano, de 8,7% até abril, recuou para 6,4% em maio e fechou o semestre em 6,1%. A previsão dos economistas da entidade é que a tendência de desaceleração seja mantida nos próximos meses diante do processo de elevação da taxa de juros.

Outro indicador do sentimento de cautela do consumidor brasileiro está nos dados do Banco Central, segundo os quais o volume de fatura do cartão de crédito pago à vista, no vencimento, teve aumento de 3% em maio, em relação a janeiro deste ano, para R$ 46,9 bilhões, enquanto o valor total do rotativo teve evolução menor, de 0,89% em igual período, indo para cerca de R$ 22,6 bilhões.



Veículo: Diário do Nordeste


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