Mercado desaquecido deve comprometer vendas

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A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em nota, avaliam que o desaquecimento do mercado formal de empregos deve comprometer o crescimento das vendas no varejo para este ano. As entidades mantém a expectativa de que o comércio cresça 4,5% em 2013 ante o crescimento de 6,75% registrado em 2012.

Na avaliação do presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, a piora da geração de empregos é reflexo do mau desempenho da atividade econômica, que ainda não conseguiu mostrar sinais de recuperação neste início de segundo semestre.

Pellizzaro destaca que ao longo dos últimos anos, o aumento recorde de brasileiros com carteira assinada e o aumento real da renda foram principais motores para impulsionar o setor.

Segundo Pellizzaro Junior, os dados divulgados em julho apontam uma mudança de trajetória que deve comprometer o ritmo de vendas no comércio brasileiro. "Apesar do aumento na criação de novas vagas, o desempenho de julho é ruim para o comércio. A empregabilidade dá sinais de cansaço e tanto o governo como o mercado têm revisado sistematicamente as projeções de crescimento da atividade econômica. Isso impacta nas estimativas para o final do ano", alerta ele.

Segundo dados divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho, tendo como base informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o mês de julho apresentou a pior geração de novos empregos dos últimos 10 anos.

Na comparação com julho de 2012, foram criados 70,9% a menos de empregos formais. Já no acumulado do ano - de janeiro a julho de 2013 - na comparação com o mesmo período do ano passado, o aumento na geração de novos postos foi inferior em 33,5%.

Dos seis setores avaliados que apresentaram crescimento, o comércio teve o segundo pior desempenho (0,02), ficando a frente apenas da área de administração pública (0,1%). Quando levado em consideração somente o segmento do comércio varejista, o resultado é ainda pior, e apresenta uma leve retração de 0,1%, o que na avaliação da CNDL configura estagnação na geração de novos postos de emprego.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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