As vendas varejistas cresceram 1,9% entre junho e julho, impulsionadas por móveis e eletrodomésticos e pelas compras em supermercados. Foi o melhor desempenho desde janeiro de 2012 (2,8%), segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O resultado superou as expectativas de analistas. Para o ministro da Fazenda, Guido Mantega, os resultados comprovam que há uma “recuperação do consumo”. “A queda da inflação já está possibilitando que o consumidor tenha mais poder aquisitivo. O crédito também está melhorando um pouquinho”, disse.
Já o setor avalia que o resultado foi positivo, mas pode ter sido influenciado pela base de comparação. Em junho, parte do comércio fechou as portas por conta das manifestações. “Temos que aguardar o desempenho de agosto, que vai mostrar se existe uma tendência de recuperação para o segundo semestre ou se é um pico passageiro”, diz Roque Pellizzaro Junior, presidente da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas).
Em relação ao mesmo mês do ano anterior, as vendas do varejo avançaram 6%. Nessa comparação, todas as atividades registraram crescimento. O principal impacto veio de móveis e eletrodomésticos, com participação de 22,4% na taxa global do varejo após o aumento de 11% nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado.
Segundo o IBGE, esse setor está sendo favorecido pelo Minha Casa Melhor, lançado em 12 de junho pelo governo. O programa financia a compra de eletrodomésticos e móveis por beneficiários do Minha Casa, Minha Vida. Outro destaque foi o grupo supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que teve participação de 21,8% no desempenho do varejo
Com a queda de 0,33% nos preços do alimentos em julho, as vendas no segmento tiveram alta de 2,6% sobre igual mês de 2012.
Veículo: Correio do Estado