CNC prevê crescimento de 5,4% no varejo

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Número menor de endividados deve favorecer vendas no setor durante o segundo semestre

Após fechar o semestre encerrado em junho com o pior desempenho em oito anos (3%), segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas no varejo deverão crescer 5,4% entre julho e dezembro, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

No ano, a CNC prevê uma alta de 4,2% nas vendas do comércio varejista, resultado bem mais fraco que o registrado no ano passado (8,4%).

Com a redução de agosto e setembro (61,4%), o patamar de endividamento fica abaixo do observado no primeiro trimestre do ano (63% em junho), indicando uma tendência de desaceleração. Para a CNC, a tendência recente de redução do número de famílias endividadas é compatível com a moderação observada no mercado de crédito e no volume de vendas do comércio.

– Isso reverte parte da alta já observada, num momento interessante. O terceiro trimestre termina com as famílias quitando dívidas, dando fôlego para termos um último trimestre melhor no comércio – diz Marianne Hanson, economista da CNC e responsável pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada ontem.

Segundo Marianne, a expectativa é de que se confirme uma melhora na perspectiva do empresariado do setor, já sinalizada em agosto, primeiro mês no ano em que houve mais contratações na comparação anual - foram gerados sete mil postos a mais de trabalho em relação a agosto de 2012.

– O arrefecimento da inflação e na volatilidade cambial vão ajudar nesse cenário mais favorável. Mesmo assim, será um Natal pior do que em 2011 e 2012. Nenhuma data comemorativa este ano teve crescimento maior. É um ano de desaceleração nas vendas do comércio, apesar de resultados ainda positivos – afirma Marianne.

Crédito mais caro já afeta consumidor

A economista da CNC destaca que vários fatores estão levando a uma desaceleração do consumo no ano, como o mercado de trabalho menos aquecido, o aperto monetário conduzido pelo Banco Central e condições menos favoráveis para a tomada de crédito pelo consumidor. Os últimos dados divulgados pelo Banco Central mostraram que as taxas médias de juros do crédito tiveram em julho sua segunda alta consecutiva.

– O consumidor já está sentindo o crédito mais caro – diz Marianne.



Veículo: Diário Catarinense


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