O mercado de bens duráveis no Brasil tem potencial para atingir o maior faturamento dos últimos quatro anos no último trimestre de 2013. Dados da consultoria GfK revelam que este setor costuma ter um pico de vendas nos últimos três meses de cada ano. De 2010 a 2012, o aumento foi em média de 17,3% em relação ao terceiro trimestre.
Caso esse movimento se confirme também este ano, o setor de bens duráveis pode movimentar mais de R$ 29 bilhões de outubro a dezembro. Esse valor supera os R$ 25,05 bilhões vistos de julho a setembro.
O maior valor desde 2010 foi no último trimestre de 2011, quando as vendas chegaram a R$ 26,78 bilhões. O crescimento no período foi de 17,61%.
Todos os segmentos do setor de bens duráveis analisados pela GfK apresentaram maior volume de vendas no terceiro trimestre. Os dados são do relatório TEMAX Brasil.
Destaques
Dentro do setor de bens duráveis, a categoria de materiais de escritório e periféricos foi a com maior crescimento no terceiro trimestre deste ano ante 2012, com 44%. Este segmento foi responsável por um faturamento de R$ 467 milhões. De acordo com a GfK, o "cenário positivo foi impulsionado pelo mercado de dispositivos multifuncionais, que apresentaram a maior receita entre os produtos".
O segmento de tecnologia da informação foi responsável por uma fatia grande do faturamento total de bens duráveis. No terceiro trimestre movimentou cerca de R$ 4,3 bilhões.
Na comparação com o mesmo período do ano passado, entretanto, o aumento é de apenas 5%. Segundo a consultoria, o "crescimento verificado foi impulsionado por notebooks, que apresenta um aumento de 15% em relação ao mesmo período do ano passado". Enquanto isso, computadores de mesa e monitores têm retração de 22% e 30%, respectivamente.
As categorias de telecomunicações e linha marrom tiveram variação positiva de julho a setembro deste ano, com 29% e 25% cada uma. A GfK afirma que, no segmento de linha marrom, o "resultado positivo do setor se deu apenas pelo mercado de televisores de tela fina".
A categoria que apresentou menor crescimento foi a de linha branca: 1%. O maior motivo para isso seriam "os refrigeradores e os fogões, responsáveis por mais de 55% do faturamento da linha branca", com retração de 6% e 4%, respectivamente.
Veículo: DCI