O comércio brasileiro apresentou crescimento de 1% no mês de outubro na comparação com setembro, apontou pesquisa divulgada pela Boa Vista Serviços, administradora do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC). No acumulado do ano (janeiro a outubro) a entidade apontou que houve alta de 1,7%, sobre o igual período do ano passado.
Na avaliação dos últimos 12 meses - novembro de 2012 a outubro de 2013 - contra novembro de 2011 a outubro de 2012, o indicador subiu 2,6%. Na pesquisa foi identificado que o setor de móveis e eletrodomésticos foi o que apresentou maior variação mensal, sendo ele de 2,1%, índice esse já dessazonalizado. Em segundo apareceu o de supermercado, alimentos e bebidas, com alta de 0,8% na comparação mensal. Já o segmento de combustíveis e lubrificantes cresceu 0,6%, enquanto o de tecidos, vestuário e calçados ficou estável.
O bom resultado poderá ser visto também neste mês de novembro. A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) medida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) apontou alta de 1,7% na comparação novembro versus outubro deste ano. Mas ao se comparar com novembro de 2012, o indicador apresentou recuo de 3,9%.
Todos os sete indicadores que compõem o ICF tiveram queda na comparação anual. Os maiores recuos foram observados no quesito momento para duráveis com queda de 9% e compra a prazo com recuo de 8,1%. A opinião sobre o emprego atual foi a que menos recuou (-0,9%). Na análise da queda registrada na comparação anual, a CNC apontou como os principais motivos da diminuição na intenção de consumo a maior dificuldade de aquisição de crédito, um maior patamar da taxa de câmbio e o menor crescimento da massa real dos salários.
Empresários
Na outra ponta também foi identificado uma melhora no otimismo. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio no Município de São Paulo (Icec) medido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) apresentou seu terceiro aumento mensal consecutivo ao apresentar alta de 7,4% ao passar de 113,1 pontos em setembro para 121,5 pontos em outubro, em uma escala que varia de zero (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo total).
Em outubro, o Icec apresentou percepções mais otimistas nos três subíndices que o compõem. O que analisa as condições atuais do empresário (Icaec), apresentou alta no mês de 5,2%, passando de 88,2 pontos em setembro para 92,8 pontos em outubro.
O resultado foi influenciado principalmente no item que mede percepção dos comerciantes em relação às condições atuais da economia Condições Atuais da Economia (CAE), com aumento de 7%, ao passar de 74,8 pontos em setembro para 80 pontos em outubro.
Já o subíndice focado na expectativa do empresário do comércio (IEEC) apontou alta de 8,2%, com elevação de 145,9 pontos em setembro para 157,8 pontos em outubro.
Veículo: DCI