O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação da cidade de São Paulo, registrou uma alta de 0,52% na terceira quadrissemana de novembro.
De acordo com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) o número mostrou desaceleração em relação a segunda leitura do mês, quando registrou 0,55%. Na terceira medição de outubro, o índice havia tido alta de 0,39%.
Na comparação entre a segunda e a terceira leitura do mês, os preços perderam força nas categorias Alimentação, Transporte, Vestuário e Educação. A maior desaceleração ocorreu em Alimentação, na qual a inflação recuou para 1,17% na terceira quadrissemana, de 1,47% na segunda leitura do mês. Em Vestuário o índice subiu 0,47%, de 0,53%, e em Educação avançou 0,11%, de 0,12%. Em Transporte, a terceira leitura do mês mostrou uma queda maior nos preços, de 0,08%, ante uma deflação de 0,03% na segunda quadrissemana.
Os preços ganharam força apenas nas categorias Despesas Pessoais e Saúde. Em Despesas Pessoais, a alta foi de 0,75% na terceira leitura do mês, de 0,71% na leitura anterior, enquanto em Saúde a inflação foi de 0,47%, de 0,44%.
O coordenador do IPC da Fipe, Rafael Costa Lima, revisou para baixo a projeção para o indicador no fechamento do mês. A expectativa do economista é de que o IPC encerre novembro com alta de 0,50%, após a estimativa anterior de 0,55%.
A mudança, disse Costa Lima, deve-se aos resultados abaixo do esperado na terceira quadrissemana do mês de três grupos: Alimentação (1,17%), Vestuário (0,47%) e Despesas Pessoais (0,75%). A expectativa da Fipe era que esses conjuntos de preços apresentassem taxas de 1,29% (Alimentação), 0,62% (Vestuário) e de 0,95% (Despesas Pessoais).
O comportamento desses três grupos foi determinante para a desaceleração do IPC entre a segunda e a terceira quadrissemana de novembro, segundo Costa Lima. O índice cheio ficou em 0,55%, depois do aumento de 0,52% na leitura passada.
O resultado também veio abaixo do projetado pela Fipe, de alta de 0,58%. "Foi uma surpresa para baixo. Esperávamos 0,58%. É uma diferença importante. Os resultados de Alimentação, Vestuário e Despesas Pessoais nos surpreendeu", admitiu.
A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, disse ontem que a presidente Dilma Rousseff ainda não tem o resultado oficial do Produto Interno Bruto (PIB) do ano passado, que está sendo revisado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), órgão vinculado à pasta de Miriam.
Em entrevista ao jornal espanhol El País publicada na última terça-feira, a presidente disse que o PIB de 2012 será revisado de 0,9% para 1,5%, mas não citou a fonte. "Ela não pode antecipar porque o IBGE não terminou de fechar o número ainda", explicou a ministra à imprensa, no Rio.
Segundo Miriam, o novo número será divulgado na próxima semana, pelo órgão. Ela não arriscou um palpite. "Quem dá o número oficial para o PIB brasileiro é o IBGE, e isso será feito", acrescentou a ministra.
Veículo: DCI