O modelo de incentivo ao consumo está perdendo fôlego no país e, por isso, a expectativa é de que as vendas a prazo crescerão menos neste ano: 4% (descontada a inflação). Para o presidente da Câmara Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), o catarinense Roque Pellizzaro Junior, o cenário macroeconômico foi muito favorável para o comércio até 2012. As medidas adotadas pelo governo para estimular o mercado interno frente à crise econômica global foram bem-sucedidas, mas o ciclo de crescimento do varejo em patamares chineses ficou para trás e agora a projeção de crescimento é mais modesta.
Caso o ritmo de desaceleração da economia brasileira continue neste ano e o governo tenha dificuldades para domar a inflação, a taxa de desemprego corre o risco sofrer um leve aumento e conseqüentemente afetar o consumo, alerta a economista Luiza Rodrigues.
Quanto à realização da Copa do Mundo no Brasil, Pellizzaro Junior acredita que nem todos os setores sairão lucrando de maneira igual. O comércio de alimentos, bebidas, supermercado e produtos eletrônicos devem ter um impacto mais positivo do que os de vestuários e calçados, por exemplo, que vendem a prazo.
– A experiência da Copa das Confederações mostrou que as cidades que receberam jogos decretaram ponto facultativo e o comércio fechou as portas mais cedo. O mesmo padrão pode se repetir este ano – diz Pellizzaro Junior.
Veículo: Diário Catarinense