O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação da cidade de São Paulo, registrou alta de 0,86% na terceira quadrissemana de janeiro. O número mostrou desaceleração em relação à segunda leitura do mês, de 0,96%. Na terceira medição de dezembro, o índice subiu 0,61%. O resultado é apurado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
Na comparação entre a segunda e a terceira leitura do mês, os preços perderam força nas categorias Alimentação e Despesas Pessoais. A maior desaceleração ocorreu em Alimentação, na qual a inflação recuou para 0,89% na terceira quadrissemana, de 2,07% na segunda leitura do mês. Em Despesas Pessoais, o índice subiu 1,51%, de 2,02%.
Os preços ganharam força nas categorias Transportes, Saúde, Vestuário e Educação. Em Transportes, a alta foi de 0,66% na terceira leitura do mês, de 0,17% na leitura anterior, enquanto em Saúde a inflação foi de 0,36%, de 0,19%. Em Vestuário, o índice passou de -0,91% para -0,07. Já a categoria Educação foi de 5,01% na terceira leitura de janeiro, de 2,51 na leitura imediatamente anterior.
Os preços da categoria habitação permaneceram estáveis em 0,51%.
O coordenador do IPC, Rafael Costa Lima, reiterou que a maior parte dos componentes do indicador vem apresentando taxas dentro do esperado pelo instituto e avaliou que há uma tendência de o grupo Educação chegar ao fim do mês como o grande vilão da inflação, com elevação prevista de 6,91%.
De acordo com a Fipe, um surpresa da divulgação foi a queda do grupo Vestuário ante aumento de 0,33%.
A despeito desta novidade, Costa Lima avaliou que a distribuição da participação das altas por grupos ficou bem equilibrada no IPC.
O maior impacto continuou com Alimentação. Na composição do IPC, o grupo, que contou com alívios vindos das altas menores de Industrializados (de 0,82% para 0,72%) e Semielaborados (de 0,17% para 0,08%), respondeu por 0,20 ponto percentual (23,67%) de toda a inflação paulistana e teve como destaque a aceleração da parte de Produtos in natura de 3,34% para 3,56%.
A elevação em Educação está refletindo cada vez mais os reajustes anuais das mensalidades escolares. Com isso, o grupo representou 0,18 ponto percentual (20,92%) do IPC.
O coordenador espera avanços de 0,94% para a Alimentação; de 1,93% para Despesas Pessoais; e de 0,57% para a Habitação. Para o grupo Vestuário, a expectativa é de nova deflação no fechamento de janeiro: de 0,45%. Com isso, conforme o instituto, o IPC teria um foco de alívio entre os grupos.
Veículo: DCI