Em 2013, o setor atacadista mineiro registrou desempenho superior ao nacional, que cresceu 4,2% em relação ao ano anterior. De acordo com o presidente da Associação dos Atacadistas e Distribuidores de Minas Gerais (Ademig), Virgílio Villefort, o segmento fechou o ano passado com acréscimo entre 5% e 6% no faturamento.
"Os dados oficiais só sairão em março, mas, com certeza, nós crescemos acima da média nacional", comemorou. Segundo ele, o resultado não foi uma surpresa e está dentro do previsto pela entidade desde o início do ano.
A projeção se apoia em vários fatores, entre os quais estão a capilaridade do segmento, a diversidade dos produtos comercializados e os investimentos realizados pelas empresas.
A Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad) alega não possuir dados referentes à participação de Minas Gerais no total do faturamento do setor, mas informou que o Sudeste é responsável por 55% das vendas originadas no país.
No Estado, estão sediadas a maioria das grandes empresas do segmento. "Somos maiores que o restante do país. Minas é tradicional em distribuição", ressaltou Villefort.
No ano passado, dados do ranking Abad/Nielsen, mostrou que das 19 empresas mineiras listadas em todas as categorias do levantamento, apenas uma apresentou queda no faturamento em 2012 na comparação com o ano anterior.
Para 2014, o cenário também é positivo, segundo o presidente da Ademig. "Devemos repetir 2013, acredito que Minas deva continuar crescendo acima do país", avalia.
Guerra fiscal - Mas nem sempre foi assim. De acordo com Villefort, até alguns anos atrás, os atacadistas mineiros eram muito prejudicados pela guerra fiscal. "Desde que o governo do Estado passou a combater o problema - principalmente contra Espírito Santo, Rio De Janeiro, Goiás e Distrito Federal - a situação mudou. Hoje, os mineiros passaram a comprar mais de mineiros", observou.
Villefort acrescentou que o fato de 2014 ser um ano movimentado, com Copa do Mundo e eleições, não deve interferir no desempenho do setor. "Não acho que irá aumentar muito o consumo em função da Copa", ressaltou.
Já em âmbito nacional, a perspectiva da Abad é que 2014 também não deverá ser muito diferente de 2013. A expectativa da entidade é de um crescimento de 3,5% neste ano.
O setor atacadista brasileiro é focado especialmente no varejo alimentar de produtos industrializados, além de produtos de higiene e de limpeza doméstica. Como os itens de consumo básico das famílias constituem a parte mais significativa do faturamento dos agentes de distribuição, o setor tem apresentado crescimento contínuo nos últimos 12 anos.
Veículo: Diário do Comércio - MG