O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) - medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, na cidade de São Paulo (Fipe) - encerrou maio em alta de 0,25%, menos da metade do registrado em abril (0,53%). Dos sete grupos pesquisados, dois apresentaram quedas: habitação (de 0,04% para -0,24%) e transportes (de 0,16% para -0,04%).
Os alimentos que têm forte peso sobre a composição inflacionária tiveram alta de 0,73%, abaixo do apurado em abril (1,23%). No grupo despesas pessoais, o índice também indicou expressiva perda de força com variação de 0,59% ante 1%. Em saúde, ainda sob a influência do reajuste dos remédios, em abril, apresentou alta de 0,79%, a maior entre os pesquisados. Porém, houve decréscimo em comparação ao resultado de abril (1,15%).
O grupo vestuário seguiu movimento oposto com avanço de 0,54% ante 0,07% e, em educação, ocorreu ligeira elevação (de 0,08% para 0,14%).
O indicador de difusão do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apresentou leve aceleração entre abril e maio, de acordo com a Fipe. O índice, que representa o percentual de preços de produtos em alta do IPC, atingiu 67,31% no quinto mês do ano, após 67,09% anteriormente. "A difusão está um pouco mais elevada do que em meses como março [63,03%] e até mesmo como abril [67,09%]", avaliou o novo coordenador do IPC-Fipe, André Chagas, ao sinalizar que o espalhamento das altas reflete tanto o avanço dos preços comercializáveis (69,70%) como o dos não comercializáveis (69,47%). Já a taxa dos preços monitorados ficou em 22,73% em maio.
Quanto à medida dos núcleos da Fipe, o índice de exclusão - que desconsidera os preços dos alimentos em domicílio - ficou em 0,55% em maio ante 0,64% em abril. A despeito da desaceleração na margem, essa medida de núcleo avançou a 6,23% no acumulado em 12 meses.
Veículo: DCI