Compras a prazo superam, em muito, as realizadas com pagamento à vista

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As compras a prazo continuam superando as realizadas com pagamento à vista no Estado em confronto de 70% contra 30%, respectivamente, em abril. E o cartão de crédito respondeu por 82% das compras parceladas, conforme pesquisa divulgada ontem pela Federação do Comércio do Estado de Minas Gerais (Fecomércio Minas).

A maior parte das compras a prazo feitas no cartão crédito foi dividida em seis parcelas, com participação de 27,6%, seguida por cinco pagamentos (14,7%), quatro (13,6%) e três (12,6%). A pesquisa revelou ainda que entre o total das compras feitas na modalidade parcelada, 8% foram em cartões de crédito de marca própria 7,7% foram em cheque e apenas 2,3% em boletos bancários.

No caso das compras parcelas pelo cartão de marca própria, o número de parcelas tem alcance maior, com 12 pagamentos respondendo por praticamente a metade (48,2%) do total, seguida por seis e três pagamentos, ambos com participação de 14,8%, de acordo com a pesquisa da Fecomércio Minas.

"Esta realidade não vem variando mensalmente e o cartão de crédito continua sendo a forma de pagamento mais utilizada para compras a prazo", afirmou o economista da Fecomércio Minas Gabriel de Andrade Ivo. No entanto, ele ressaltou que o comportamento em alguns segmentos é diferente.

No caso do setor supermercadista, por exemplo, o percentual de uso do cartão de crédito como forma de pagamento de compras a prazo aumenta cerca de 10% em relação à média. Por outro lado, no segmento moveleiro, são cheques pré-datados que ganham força porque os lojistas dividem os riscos com financeiras, segundo Andrade.


Estímulo - De acordo com o economista, o estímulo para o uso do cartão do crédito está atrelado à conveniência do acesso, aliado ao apelo "pagamento parcelado sem juros", que atende aos interesses do consumidor e do mercado. Além disso, para as pessoas, o meio eletrônico de pagamento se torna mais atrativo em função de vantagens oferecidas como programas de milhagem aérea, bônus de compras e serviços.

Do ponto de vista dos lojistas, estimular as vendas parceladas pode ser uma forma de evitar o risco da inadimplência, fortalecer a carteira de recebíveis em cartões e garantir um pacote de benefícios, como redução de taxas de aluguel de terminais, junto às administradoras. Além disso, as empresas também podem obter facilidades na antecipação de recebíveis.

Em relação aos cheques pré-datados, o número máximo de parcelas é de 12, com uma participação de 11,1% das vendas nessa modalidade de crédito. Em carnês e boletos o número de parcelas máximas quantificadas também foi 12, com metade da fatia total desta modalidade.

Entre as ações que o lojistas implementam para evitar a inadimplência, não aceitar cheques pré-datados liderou com 87,5% do total. Em seguida, 8,8% fazem uso do cadastro de clientes e 2,5% priorizam o cartão de crédito. Outros 1,2% usam ferramentas como cheques pré-datados com prazo menor, condicionam o volume da compra ao prazo e capacitam os funcionários.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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