Ao mesmo tempo em que recebe as más notícias da balança comercial de janeiro - déficit de US$ 518 milhões, pior resultado em oito anos -, a indústria verde-amarela vislumbra a chance de expandir as vendas utilizando o Chile como plataforma para exportações. A vantagem é dupla: acesso a mercados gigantescos como China, Estados Unidos, União Européia e Índia e imposto zero de importação. Em itens como calça jeans, o ganho pode alcançar 35% do preço final. Mas a iniciativa já é alvo de críticas sindicais por conta da exportação também de empregos.
A sedução do Chile se dá pelos Tratados de Livre Comércio (TLC), estabelecidos bilateralmente com 48 países. Graças a esses acordos, os produtos "made in Chile" têm acesso privilegiado aos maiores importadores do planeta, sem falar em prateleiras quase inacessíveis para o Brasil, como as mexicanas. Um mercado que, no total, é avaliado em 3 bilhões de consumidores.
Para usufruir das vantagens dos TLC, as empresas devem abrir unidades fabris no Chile ou formar joint ventures com empreendedores locais, fornecendo insumos. Essa é a regra para que os produtos tenham isenção total ou usufruam de taxas de importação menores
Veículo: Gazeta Mercantil