IAV aponta retração de 7,4% no mês passado

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As vendas reais do varejo recuaram 7,4% em setembro ante o mesmo mês de 2014, aponta o Índice Antecedente de Vendas (IAV), divulgado ontem pelo Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV). O desempenho é o pior desde a criação do indicador, em outubro de 2007.

Todos os segmentos tiveram quedas em setembro, assim como ocorreu em agosto. Em comparação com o mesmo período de 2014, novamente o comércio de bens duráveis apresentou a maior baixa (-12,7), seguido pelos segmentos de semiduráveis (-6,2%) e bens não duráveis (-4,8%).

Em agosto, o IAV-IDV havia registrado queda real de 7,2%. "A deterioração dos pilares macroeconômicos que direcionam o consumo tem influenciado diretamente para baixo o desempenho do varejo desde o 3º trimestre do ano passado", comentou a presidente do IDV, Luiza Helena Trajano, em nota distribuída à imprensa.

Projeções - O setor varejista prevê continuidade na redução do faturamento real. Ante os mesmos meses de 2014, o IAV-IDV aponta para quedas de 2,62% em outubro, 2,26% em novembro e 2,53% em dezembro.

Para bens duráveis, o IAV-IDV aponta recuo para outubro (-3,4%), novembro (-2,9%) e dezembro (-2,1%). Já o segmento de semiduráveis, que inclui vestuário, calçados, artigos esportivos e livrarias, espera reduções de 3,1% em outubro, 5,6% em novembro e 1,9% em dezembro. Por fim, o comércio de bens não duráveis, composto principalmente por vendas de super e hipermercados, serviços alimentares e perfumaria, prevê queda de 2%, 0,5% e 3,1% para os últimos três meses do ano.

Sessenta e seis empresas varejistas de diferentes setores compõem o IDV e fornecem dados para a definição do índice. Fazem parte B2W, Grupo Pão de Açúcar, Lojas Americanas, Lojas Marisa, Magazine Luiza, Spoleto e Tok&Stok, entre outros.


Endividamento - O percentual de famílias endividadas no Brasil chegou a 62,1% em outubro deste ano. O percentual é inferior ao registrado em setembro (63,5%), porém maior na comparação com outubro de 2014 (60,2%). Os dados são da Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgada ontem.

A proporção de famílias inadimplentes, ou seja, que estão com contas ou dívidas em atraso, chegou a 23,1%, o mesmo percentual de setembro, mas superior aos 17,8% de outubro do ano passado. Já o percentual de famílias que não terão condições de pagar as dívidas ficou em 8,5% em outubro deste ano, abaixo dos 8,6% do mês anterior, mas acima dos 5,4% de outubro de 2014.

A participação das dívidas com cartão de crédito no total de dívidas subiu de 74,7% em outubro do ano passado para 78,5% no mesmo mês deste ano. O tempo médio de atraso das dívidas é de 61,6 dias, segundo a CNC.

 


Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG


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