IPV tem deflação de 0,20%

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O Índice de Preços no Varejo (IPV) da capital, calculado pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP), encerrou fevereiro com queda de 0,20%. Foi a terceira deflação seguida registrada pelo índice. Em janeiro, o recuo nos preços foi de 0,22%; em dezembro, de 0,04%. No acumulado dos dois primeiros meses do ano, a deflação alcança 0,42%, enquanto no acumulado em 12 meses o IPV fica em 4,11%. Dos 21 grupos analisados, oito registraram queda nos preços no mês passado.

 

De acordo com os economistas da Fecomércio-SP, os segmentos de Veículos, de Açougues e Carnes Bovinas e de Materiais de Construção influenciaram fortemente a deflação de 0,22% no varejo. O grupo Veículos teve a quinta redução de preços consecutiva, com variação negativa de 2,21% em fevereiro, ante queda de 3,46% em janeiro.

 

Segundo Júlia Ximenes, economista da Fecomércio-SP, as razões foram a forte retração das vendas a partir de outubro de 2008 e a redução de IPI. O segmento de Açougues recuou 2,70% em fevereiro, uma queda acentuada em relação à alta de 0,72% observada em janeiro. Todos os produtos que compõem o grupo mostraram retração de preços, com destaque para carnes suínas (-6,48%), carnes bovinas (-2,51%) e aves (-2,48%).

 

Para Júlia, o agravamento da crise internacional fez com que o volume de produtos exportado caísse, "resultando em excesso de oferta no mercado doméstico". O segmento de Materiais de Construção passou de alta de 0,39% em janeiro para queda de 0,40% em fevereiro. Essa foi a primeira variação negativa desde junho de 2007.

 

A economista sugere uma desoneração tributária para reverter o quadro de estagnação nas vendas do setor. O levantamento da Fecomércio ainda revela deflações nos segmentos de Vestuário, Tecidos e Calçados (-0,67%), Livrarias (-0,34%), Eletroeletrônicos e Eletroportáteis (-0,09%) e Floriculturas (-0,34%). Alguns segmentos registraram alta em fevereiro. Os grupos Supermercados e Feiras, que representam 35% do IPV, tiveram alta de 3,8% e 0,17%, respectivamente. O grupo Combustíveis e Lubrificantes registrou elevação de 0,35%, acumulando no período entre janeiro e fevereiro alta de 0,46%.

 


Veículo: Jornal do Commercio - RJ


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