Alimentação puxa os preços em São Paulo, que sobem 0,43%

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O grupo Alimentação confirmou a previsão feita no começo do mês pelo coordenador do IPC-Fipe, Antônio Evaldo Comune, e entrou no mês de março ditando a dinâmica da inflação. Da primeira para a segunda quadrissemana de março do ano, o indicador saiu de uma variação positiva de 0,14% para uma alta de 0,43%. E não foi só pelas altas que este grupo requereu a condição de comandar a inflação. As variações negativas no seu interior também figuram entre as maiores ocorridas entre os sete grandes grupos que compõem o IPC-Fipe, que mede a variação de preços para o consumidor na cidade de São Paulo com base nos gastos de quem ganha de um a vinte salários mínimos.

 

Os alimentos semielaborados fecharam a segunda quadrissemana com uma queda de 1,63% depois de já terem ficado 2,04% mais baratos na primeira coleta de preços deste mês. Os preços das carnes bovinas saíram de uma queda 2,91% para uma variação negativa de 2,18% e os preços das suínas, de uma deflação de 8,24% para -6,17%. No segmento dos cereais, o preço do arroz fechou a segunda quadrissemana em queda de 2,03% e o do feijão, em -9,30%.

 

Os preços dos alimentos in natura, por sua vez, ampliaram de 2,74% para 4,01% o ritmo de alta. Os legumes, que na primeira quadrissemana de março registraram uma queda de 0,68%, agora na segunda semana subiram 0,83%. As verduras ficaram 13,85% mais caras depois de já terem subido 12,52%. O mesmo aconteceu com os preços dos ovos, que saíram de uma alta de 3,27% para 5,51%.

 

O comportamento de fortes oscilações dos preços dentro do grupo Alimentação está associado a vários fatores. Os preços das verduras e dos legumes têm subido em decorrência da sazonalidade do período, marcada pela menor oferta provocada pelas fortes chuvas. Por outro lado, os preços dos cereais estão em linha com a maior oferta destes produtos, que estão em plena safra.

 

No caso das carnes, os preços em baixa refletem o menor volume de exportações devido à crise econômica mundial, que afetou o poder de compra dos consumidores no mercado externo. Com a maior oferta de bois no mercado interno, os frigoríficos têm jogado pesado contra os produtores, que estão se vendo obrigados a reduzir seus preços.

 

O grupo habitação, ao contrário, registrou apenas uma ligeira queda de 0,04 ponto porcentual, de 0,30% para 0,26%, na segunda quadrissemana deste mês. Os destaques dentro deste segmento foram a alta de 0,49% para 0,53% da tarifa de energia elétrica, do IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano), que reduziu a pressão de alta de 5,66% para 3,31%, e serviços domésticos, que saíram de uma alta de 0,95% para uma variação positiva de 1,61%.

 

O grupo Transportes fechou a segunda parcial de março com uma alta de 0,24%, depois de ter variado 0,44%, o grupo Despesas Pessoais subiu 0,41% ,ante 0,36% na primeira quadrissemana, e os grupos Saúde e Educação permaneceram praticamente estáveis, com altas de 0,16% e 0,11% na segunda quadrissemana, ante variações de 0,17% e 0,12% na primeira quadrissemana de março, respectivamente.

 

O grupo vestuário saiu de uma queda de 0,44% para uma deflação de 0,62%. Em suma, as maiores variações registradas na quadrisemana foram observadas, de fato, no grupo Alimentação.

 

Veículo: DCI


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