Venda a prazo recua 13,1% na primeira quinzena de março

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A média de consultas do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), considerado termômetro das vendas a prazo, caiu 13,1% na primeira quinzena de março em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), as consultas ao SCPC/Cheque que servem de indicação sobre a evolução das vendas a vista, diminuíram 5,4% na mesma base de comparação.

 

Alencar Burti, presidente da ACSP, atribui a redução do ritmo de vendas a prazo à queda da confiança do consumidor no desempenho da economia, ao aumento da inadimplência e ao avanço do desemprego. "O que depende de crédito ainda se ressente da crise financeira mundial", afirma o executivo.

 

No período, os registros recebidos no cadastro de inadimplência cresceram 10,6% ante o mesmo período de 2008, contra uma elevação de apenas 3,6% dos registros cancelados. Segundo a entidade, o resultado indica a persistência da dificuldade na recuperação do crédito.

 

Preços

 

Pela terceira vez consecutiva, o Índice de Preços no Varejo (IPV) encerrou fevereiro com queda de 0,20%, acumulando nos primeiros dois meses do ano deflação de 0,42%. Em janeiro, o indicador já havia recuado 0,22% ante uma baixa de 0,04% verificada em dezembro. Neste cenário, destacou-se o segmento de veículos teve sua quinta redução de preços consecutiva, com variação de negativa de 2,21% e de 3,46%, em janeiro.

 

De acordo com Júlia Ximenes, economista da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio), "uma das razões para este resultado entre os automóveis foi a forte retração das vendas a partir de outubro de 2008, que gerou um excedente de oferta. Além disso, a redução de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para modelos populares e as promoções do início do ano fizeram com que os preços caíssem ainda mais". A atividade acumula queda de 5,60% no bimestre.

 

Dos 21 grupos analisados pelo IPV, oito registraram queda nos preços no mês passado. Os preços dos artigos de vestuário, tecidos e calçados, por exemplo, baixaram 0,67% em fevereiro e 0,71% em janeiro. Neste caso, as liquidações de queima de estoque foram preponderantes para obter este número. Nos dois primeiros meses de 2009, o grupo acumula queda de 1,38%.

 

No mesmo ritmo de outras atividades, o segmento de materiais de construção passou de uma alta de 0,39% em janeiro para uma queda de 0,40%. Esta é a primeira variação negativa desde junho de 2007.

 

Veículo: DCI


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