Bolsa de valores fecha em baixa com tensão política no País

Leia em 2min

O mercado financeiro doméstico iniciou a segunda-feira (9) de mau humor, influenciado pelo cenário externo desfavorável. Por volta das 12h, a notícia de que o presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA) decidiu anular o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff fez o dólar disparar quase 5%, para a casa dos R$ 3,67, e o Ibovespa cair até 3,5%, abaixo dos 50.000 pontos.

Os investidores foram se acalmando à medida de que ganhava força a avaliação de que a decisão de Maranhão não prosperaria. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou mais tarde em plenário sua decisão de ignorar o ato do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), de anular o processo

Entretanto, segundo analistas e operadores, a cautela nos negócios deve predominar pelo menos até a votação do processo de impeachment no plenário do Senado. O dólar comercial fechou em alta, na faixa dos R$ 3,52, e o Ibovespa caiu 1,41%.

“Foi um susto, mas logo os negócios foram voltando à normalidade, já que ninguém no mercado acreditava que a anulação do impeachment iria adiante”, comenta um operador.
Após bater a mínima de 49.907,77 pontos (-3,50%), o Ibovespa fechou em baixa de 1,41%, aos 50.990,06 pontos. O giro financeiro foi de R$ 7,9 bilhões. O índice foi pressionado pelas ações de Vale, Petrobras e siderúrgicas. O motivo foram os dados ruins da balança comercial da China e o recuo no preço das commodities.

Os papéis PNA da Vale caíram 8,65%, a R$ 12,35, e os ON, -9,77%, a R$ 15,23, influenciados pela queda do minério de ferro no mercado internacional. O minério de ferro entregue em Qingdao, na China, caiu 5,66% para US$ 54,99 a tonelada.

Entre as siderúrgicas, CSN ON caiu 10,05%; Gerdau PN, -6,12%; e Usiminas PNA, -9,01%.
As ações PN da Petrobras perderam 5,95%, a R$ 9,48, e as ON, -6,65%, a R$ 12,07. Em Londres, o petróleo Brent recuava 3,86%, a US$ 43,62 o barril; em Nova York, o petróleo tipo WTI caía 2,73%, a US$ 43,44 o barril.

Dólar - O dólar comercial, que avançou até 4,90%, a R$ 3,6770, terminou em alta de 0,54%, a R$ 3,5240. O dólar à vista -que na máxima da sessão chegou a subir 4,75%, a R$ 3,6755- fechou com ganho de 1,43%, a R$ 3,5590.

 



Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG


Veja também

Corte de gastos pode ter ajudado a derrubar PIB em 2015, diz Fazenda

Ministério divulgou resultado estrutural, que é ajustado ao ciclo econômico. Por esse cálculo...

Veja mais
IPC-S avança em 6 das 7 capitais pesquisadas na 1ª quadrissemana de maio

O Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S), calculado pela Fundação Getulio Vargas (...

Veja mais
Analistas estimam inflação de 7%

Depois de oito quedas seguidas, os analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) voltaram a elevar...

Veja mais
Atividade econômica na região Sudeste tem queda de 2%, aponta BC

                    ...

Veja mais
Variação do IPC cai em seis das oito classes de despesas

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou variação de 0,49% em abril, ante 0,50%, no ...

Veja mais
Mercado melhora projeção para o PIB pela 1ª vez desde outubro de 2014

Pela primeira vez desde 17 de outubro de 2014, analistas do mercado financeiro melhoraram suas projeções p...

Veja mais
Diminuição de índice de preços abre espaço para início de cortes nos juros

A nova desaceleração do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que caiu para 9,28% no ...

Veja mais
Estimativa de inflação para 2016 passa de 6,94% para 7%

A projeção de instituições financeiras para a inflação este ano voltou a ser e...

Veja mais
IPC-S sobe 0,64% na 1ª quadrissemana de maio ante 0,49% no fim de abril, diz FGV

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) acelerou para 0,64% ...

Veja mais