O Índice de Preços ao Consumidor de Caxias do Sul registrou, em setembro, a menor alta nos últimos 12 meses. Medido pelo Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais (Ipes) da Universidade de Caxias do Sul, o indicador fechou em 0,13%. Assim, a alta acumulada em 12 meses é de 10,17% e, no ano, de 7,54%. A desaceleração dos preços havia se evidenciado em agosto, com alta de 0,27%, contrastando com as anteriores, sempre acima de 0,50%, e chegando a 1,85% em janeiro, a maior do período anualizado.
O estudo da Universidade de Caxias do Sul contempla 320 itens divididos em sete grupos. O vestuário, com 0,28%, teve a maior elevação mensal, seguido por alimentação com 0,18%. Os dois também são os que têm os principais aumentos: no ano, 2,53% e 1,68%, e em 12 meses, 3,39% e 2,23%, respectivamente. A alimentação, no entanto, teve contribuição negativa de 0,18% na composição do indicador em função de variações negativas em 10 de seus 13 itens. A queda mais expressiva, de 8,03%, ocorreu nos preços do leite e derivados. Aumentos apenas na alimentação fora de casa, alimentos básicos de origem vegetal e bebidas.
Outro estudo do Ipes, que mede o custo da cesta básica, reforça a desaceleração nos preços dos alimentos. Depois de 11 altas consecutivas, setembro registrou deflação de 1,07%, reduzindo a R$ 824,87 o custo da cesta básica, composta por 47 itens dentre alimentos e produtos de higiene pessoal e doméstica, gás de cozinha e cigarros. Os preços dos alimentos tiveram variação negativa de 1,31% e os dos não alimentares, alta de 0,13%. A maior queda mensal, de 28%, foi verificada no preço da alface. Já a massa capeletti teve alta de 14%. No acumulado de 12 meses, a cesta básica aumentou 13,45%, equivalente a R$ 97,77 em valores absolutos.
De acordo com os responsáveis pela pesquisa, a queda era esperada em função do início da primavera e do aumento da oferta de alimentos, como a do leite. Também avaliam que a aprovação da PEC 241, que limita os gastos do governo, deverá assegurar a continuidade da desaceleração dos índices da inflação.
Fonte: Jornal do Comércio de Porto Alegre